A bandeira tarifária patamar 2 teve um aumento de quase 43%, diferente das bandeiras amarela que teve uma queda de 50% e da vermelha patamar 1 que continua com o mesmo valor
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), aprovou no dia 24 de outubro, uma proposta de reajuste de 42,8% no valor da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que é a mais cara. Com a aprovação, os consumidores passarão a pagar R$ 5,00 de cobrança extra para cada 100 quilowatts-hora (kWh) a partir de novembro, sendo a tarifa anterior de R$ 3,50 kWh.
Em contrapartida, a bandeira amarela, que é a mais barata, poderá ter um corte de 50%, sendo assim, o consumidor passará a pagar de R$ 2,00 para R$ 1,00 de cobrança extra a cada 100 kWh. A bandeira vermelha patamar 1 irá continuar com o mesmo valor de R$ 3,00 a cada 100 kWh.
O sistema tarifário classificado em bandeiras é uma maneira diferente de apresentar os custos do consumidor na conta de energia. Segundo a Aneel, esses custos passavam despercebidos pelo consumidor, pois antes, esses custos eram repassados no reajuste tarifário anual da distribuidora de energia, havendo muitas variações nos índices aplicados às tarifas.
A Aneel contou que as bandeiras sinalizam os custos reais da geração da energia elétrica. “O funcionamento é simples, para que os consumidores possam assimilar que as cores verde, amarela ou vermelha indicam se a energia custa mais ou menos por causa das condições de geração. Com as bandeiras, a conta de luz ficou mais transparente e o consumidor tem a melhor informação, para usar a energia elétrica de forma mais eficiente, sem desperdícios”, afirmou.
A Aneel afirmou em sua página do Facebook que o aumento das tarifas extras se dá devido ao fato da falta de chuvas na maior parte do território brasileiro, portanto, as contas deverão aumentar a partir de novembro e dezembro. A Aneel também contou que haverá uma audiência pública ainda essa semana para a aplicação das tarifas também em 2018.
Os hackers
A reportagem se deparou com uma situação um tanto cômica ao apurar as informações a respeito do aumento das tarifas extras de energia, pois o site da Aneel estava fora do ar, devido ao grupo de hackers Anonymous que deixaram um recado a Aneel e ao Presidente Michel Temer e, logo após, tiraram o site do ar.