Um Brasil exaurido

É Natal e em Vargem Grande do Sul chove e faz calor. Diferente do Natal que Fernando Pessoa nos descreve, onde neva numa província portuguesa. Em Portugal também as notícias que chegam é que o país que nos descobriu e nos formou como nação, vive bons momentos de evolução política e econômica. Muitos são hoje os brasileiros que querem morar em Portugal.
Tristes trópicos vivemos aqui nos dias atuais. Na área econômica, apesar do Natal ainda estar escasso este ano, sentimos no ar um quê de virada, de esperança de dias melhores e o nascimento de Jesus contribui com este sentimento.
Mas, é na área política que neste Natal sofremos na carne. Aos poucos vamos desvendando o lado podre da política brasileira, o lado escuro e imoral que se apossou tanto do Legislativo como do Executivo. A nação está ferida.
O estado brasileiro agigantou. A corrupção e a ineficiência de gestão sugam todos os recursos dos brasileiros, que não aguentam mais pagar tantos impostos e não ter o retorno em serviços de qualidade na saúde, na educação ou qualquer outra área que pesquisemos.
Municípios, estados e na federação, escandalizam. O Judiciário também contribui com esta sangria. Não concordamos, não aceitamos. É preciso coragem e humildade. Coragem para mudar e humildade para aceitar que está errado, que algo não vai bem.
Jesus pregava a igualdade, a benevolência, a paz, a caridade. Nossos homens públicos deveriam se espelhar em ensinamentos tão simples como os que o Mestre nos deixou. As exceções existem, mas a maioria daqueles que pagamos para nos servir faz tudo ao contrário. Estão extorquindo a nação e os brasileiros. Os pobres sofrem muito mais. A desigualdade agiganta. O Estado que poderia fazer a correção através dos impostos, cria uma casta de privilegiados. De intocáveis.
Que seja este um Natal de reflexão. Não aguentamos mais. É Natal e no Brasil não neva, jorra podridão nas nossas administrações públicas.

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