Uma iniciativas interessante da gestão anterior, de Celso Itaroti, foi a criação de uma clínica veterinária para atender os animais da população que não possuía condições de arcar com os custos de um veterinário. Apesar da boa iniciativa, o projeto desenvolvido não vingou.
Faltava condições mínimas para o exercício da medicina veterinária. Tanto que o conselho da categoria fez uma fiscalização na cidade e comprovou a irregularidade. No ano passado, a clínica foi fechada e os trabalhos da profissional que lá atendia foram transferidos para o bosque municipal.
Dentre os trabalhos desenvolvidos estava a castração de cães e gatos da cidade. Um projeto que foi muito bem feito na primeira gestão de Amarildo, com participação de uma ONG de Casa Branca. Mais de mil animais foram devidamente castrados, contribuindo para que o número de animais perambulando pelas ruas de Vargem Grande do Sul ficasse estável.
No entanto, esse trabalho parou de ser feito na gestão passada. Em 2015, foram 224 animais recebidos na Sala de Atendimento Veterinário Antônio Bertoloto e realizadas 138 castrações. No ano seguinte, fora, 294 atendimentos e 63 castrações. E de 23 de janeiro a 27 de abril, a prefeitura informou que foram realizados 139 atendimentos e nenhuma castração.
Em 2016, até foi realizada uma licitação para a vinda de uma clínica móvel que estaria apta a fazer os procedimentos em Vargem. Apesar do processo ter sido concluído, a empresa não foi efetivamente contratada e as castrações, deixaram de ser feitas. O vereador Wilsinho Fermoselli (DEM), que participa ativamente do debate da questão dos animais na cidade e inclusive atuou ativamente das ações realizadas nos anos anteriores, vem cobrando a retomada dos procedimentos, assim como o vereador Guilherme Nicolau.
No ano passado, a prefeitura explicou que o fechamento da sala de atendimento veterinário se deu por razões técnicas e financeiras. Informou ainda que planeja, em caso de melhora das finanças públicas, construir um Centro de Zoonoses, que receberá o nome de Antônio Bertoloto.
Enquanto isso, voluntários de duas entidades da cidade, a Associação dos Amigos dos Animais (AAMA) e o Focinho Geladinho, se desdobram para levantar recursos e atender animais abandonados e que precisam de cuidados no município. A prefeitura precisa se atentar a este problema e buscar uma solução definitiva para o atendimento aos animais na cidade. Mas as pessoas que possuem um animal de estimação devem também cumprir com sua parte em uma posse responsável.