Embora ainda esteja em uma situação que não gera muitos transtornos, a dificuldade da mobilidade urbana tende a se agravar em Vargem Grande do Sul. Segundo Flávio Agnoli, diretor do Departamento de Segurança e Trânsito (Desetran), ao se comparar Vargem a outras cidades, é visível os pequenos picos de grande fluxo que a cidade proporciona.
“Vargem tem uma dificuldade muito grande para fluidez no trânsito que ocorre pela falta de planejamento da cidade para o grande crescimento dos veículos e pequenos picos de grande fluxo que acontece na área central da cidade e na Via Expressa Antônio Bolonha, por exemplo. Seu trânsito ainda está bem sustentável e o maior problema acaba sendo o estacionamento na área central que se agravou com o fim da Zona Azul, mas temos um trânsito tranquilo, tirando o horário compreendido do almoço, das 11h às 15h, expandindo por causa do horário bancário e depois entre 17h às 18h30h”, avaliou Flávio.
Segundo o diretor, investir no aumento da frota de transporte público e coletivo não será possível no momento, já que o transporte é subsidiado pela prefeitura que paga uma valor mensal de cerca de R$ 35 mil reais para manter os coletivos circulando nas ruas da cidade. Assim, o objetivo é diminuir os atrasos dos ônibus e ampliar o trajeto para bairros da cidade. “Estamos tentando diminuir os atrasos e ampliar o trajeto para o Jardim São José e Vila Santana. Nós fixamos os horários das circulares em todos os pontos que tem cabines para que os usuários possam se nortear se compensa ou não esperar o próximo transporte, de modo que a circular passa a cada 40 minutos em cada ponto. Essas foram as alternativas que encontramos para tentar melhorar as condições do transporte público coletivo da cidade” alega Flávio.
A metade dos usuários do transporte público e coletivo são isentos de pagar tarifas, causando um déficit entre o investimento e a devolução para a prefeitura.
A arquiteta Letícia Sabino fez um estudo para seu Trabalho Final de Graduação (TFG) sobre a melhor implantação de Ciclovias ou Ciclofaixas em Vargem. Nele, a arquiteta concluiu que a pista mais adequada seria a que contemplasse escolas, indústrias, empresas, entre outros, em favor de beneficiar os trabalhadores e estudantes para que fosse possível utilizar este meio de locomoção com segurança e consequentemente diminuindo o tráfego de veículos nos horários de pico. O percurso se iniciaria na Barragem, onde a prática já ocorre, passando pela Via Expressa Antônio Bolonha – Rodoviária, atingindo as proximidades da Rodovia 267 (Estrada São João – Casa Branca) e retornaria à represa pela rua principal completando sua orla.