Gregório Pasquini
Mais um ano e chegamos à 44ª Romaria dos Cavaleiros de Santana. Um acontecimento de profunda religiosidade onde seus filhos naturais e adotivos, cheios de gratidão pelas bênçãos recebidas, aguardam nas ruas e praças a passagem dos romeiros entre forte emoção e aplausos intermináveis.
Na tarde-noite do domingo que antecede ao magnifico cortejo, a tradicional e tocante eucaristia, sob o som de afinadíssimas violas, marca a abertura do tão aguardado evento. Na igreja matriz de Santana o coração dos fiéis exulta de alegria, quando de um berrante se levanta um som nostálgico impregnando todo o majestoso templo e anuncia a entrada dos romeiros para a significativa oferta da tralha utilizada nas lidas diárias: arreio ou sela, laço de couro, espora, chicote, capa, bota, entre outros.
Neste instante a gente percebe que a fé e sentimento transcendental nos ensina a caminhar e enfrentar os desafios e turbilhões por mais difíceis que se afigurem. Nossa padroeira jamais nos abandona e nos momentos cruciais ela é a luz que nos ilumina, nos encoraja e aquece a nossa jornada. É o amor que fortalece os laços familiares e nos faz verdadeiramente mais fraternos aqueles que participaram com seu entusiasmo e seu carinho desta grandiosa procissão de cavaleiros e que já se foram, deixando uma enorme lacuna, nossas orações e nossa saudade.
Viva Santana, viva a Padroeira!
Viva a Pérola da Mantiqueira!