Vargem Grande do Sul continua sem evolução significativa no Programa Município Verde Azul. A cidade, conforme o ranking divulgado no final do ano passado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, está no meio da tabela, na 285ª posição entre os mais de 600 municípios de São Paulo.
A arborização foi mais uma vez um dos problemas. Neste quesito, Vargem apresentou nota zero na avaliação. A Gazeta abordou a falta de árvores em seu último editorial. Não apenas como um problema da prefeitura, mas também pela falta de conscientização de seus cidadãos que não plantam mudas, cortam exemplares adultos e não os substitui, cimentam calçadas e quintais sem ceder um milímetro que seja para o verde.
A falta de uma política pública clara neste sentido também é uma questão a ser debatida. Em muitas ruas de Vargem, em especial as da área central, é possível ver árvores inadequadas para o espaço urbano. Em outras avenidas, são quarteirões e quarteirões sem um único arbusto que seja.
Arborização, paisagismo, cuidar das praças, podar árvores, semear canteiros centrais de avenidas pode representar um gasto que não é possível ser feito neste exato momento, mas estão longe de ser apenas perfumaria. Uma cidade bonita, eleva a autoestima de seu morador, faz com que as pessoas passem a cuidar melhor dos espaços públicos, contribuindo com a qualidade de vida.
Claro que saúde, educação, segurança e geração de emprego são as necessidades mais prementes da cidade. Mas o meio ambiente é uma urgência global. Divinolândia, município bem menor que Vargem, saltou da 76ª colocação no ranking em 2017 para a 18ª no ano passado. Se cada cidade investisse o mínimo para saltar algumas posições a cada ano, contribuiria de maneira contundente para todo o estado. Se cuidar da Saúde, da Educação e da Segurança é pensar no bem das gerações futuras, cuidar do meio ambiente é garantir que haja realmente um futuro para as gerações que virão.