Aconteceu na segunda-feira, dia 6, a segunda reunião para discutir sobre o que será feito com relação a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Itamar Dela Nina Cerva, em Vargem Grande do Sul, na Casa da Cultura. Participaram membros do Conselho Municipal de Saúde, representantes de entidades, laboratórios, entre outros.
No início da conversa, o prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) relembrou o que foi abordado na primeira reunião, em abril, como tamanho do prédio, situação atual da UPA e destinação do prédio para outras finalidades. Ele comentou que a entrega oficial da obra do prédio seria realizada na terça-feira, dia 7, pela empresa que a construiu. Uma das pessoas presentes questionou se haveria a possibilidade de se fazer atendimento veterinário no prédio da UPA, caso ela não seja instalada no município, e o prefeito informou que apesar de ser um assunto referente à saúde pública, pela determinação do próprio Ministério não seria possível fazer isto, e comentou que está quase pronta a planta e que pretende construir uma clínica veterinária em um terreno que a prefeitura já possui.
Também foi questionado se poderia ter um Ambulatório Médico de Especialidades (AME) em Vargem. O prefeito relatou que este programa pertence ao Estado e que o conhece bem, pois já administrou o AME de Casa Branca por três anos. Ele informou que o AME é algo regional e não municipal, utilizando como exemplo o de Casa Branca, que atende oito municípios e para o Estado em uma questão de economia, talvez não deixe utilizar o prédio da UPA para ser feito o AME.
Valores
Durante a conversa, Amarildo demonstrou custos atuais do Posto de Pronto Atendimento “Alfeu Rodrigues do Patrocínio” (PPA) comparando-os com os gastos estimados com a UPA. Atualmente, com os servidores do PPA o custo estimado é de R$ 202.275,19 e da UPA seria de R$ 302.901,43, um aumento de 49,75% nas despesas municipais com os servidores. Em relação aos médicos, atualmente no PPA com três médicos atuando por dia, sendo 2 diurnos e um noturno, as despesas são de R$ 120 mil e com a UPA, a previsão é que este valor suba para R$ 216 mil, pois dobra o número de médicos e gera um aumento de 80% nas despesas.
Outros valores expostos na reunião foram referentes a serviços como limpeza, medicamentos, insumos, entre outros. No PPA os gastos são em torno de R$ 28.696,00 e com a UPA esse valor passaria para cerca de R$ 126.790,00, já que aumentariam alguns serviços como refeição e exames laboratoriais, gerando um aumento de 341% nas despesas do departamento de saúde do município.
No total, as despesas atuais com o PPA são em torno de R$ 351.093,11 e com a implantação da UPA a estimativa é que elas subam para R$ 645.691,43, um aumento de 83,91%. Inserindo mais médicos no PPA, ou seja, aumentando para 5 o número de médicos na unidade, o que vem ocorrendo nos últimos dias, as despesas subiriam para R$ 410.971,19, cerca de 57,11% de diferença dos R$ 645 mil da UPA.
O gasto anual de recursos próprios da prefeitura com o departamento de saúde é em torno dos R$ 19.635.284,55, dos quais R$ 4.213.117,32 são com o PPA, com a UPA os custos seriam um total de R$ 7.748.297,16, dos quais R$ 1.200.000,00 seriam de incentivo do governo e o restante, R$ 6,5 milhão, de recurso municipal. Aumentando o número de médicos no PPA, o valor anual das despesas municipais subiria para R$ 4.931.654,26, uma despesa bem menor em relação a Unidade de Pronto Atendimento.
O prefeito Amarildo ainda demonstrou durante a reunião as despesas de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do mesmo porte de Vargem Grande do Sul, considerada porte 1, como a de Mococa, onde a despesa mensal é de R$ 700 mil e a de Agudos que é de R$ 677.819,07. A prefeitura de Vargem Grande do Sul ainda fará outras reuniões com a população para debater o tema.
Foto: Reportagem