Uma das festas mais tradicionais e esperadas de Vargem Grande do Sul, a 19ª edição da Festa das Nações terminou no último domingo, dia 19. À Gazeta de Vargem Grande, Márcia Iared, diretora do Departamento Municipal de Cultura e Turismo, fez uma avaliação do evento, que teve comidas típicas dos países e apresentações de dança e canto nos quatro dias.
“A Festa das Nações terminou às 23h do domingo passado. O grande rodamoinho que se espalhou nos quatro cantos da cidade nos últimos dois meses não termina simplesmente”, disse. “Fica ainda guardado na memória da emoção, na lembrança da criança, dos jovens e adultos que dançaram e cantaram, enfrentando o desafio do palco, as incertezas do microfone e o grande público, enquanto em muitos pontos da cidade, os fogões, os cheiros e os aromas das comidas típicas se misturavam no ar”, emocionou-se.
Márcia contou que, apesar da chuva e incertezas do primeiro dia, a festa teve um resultado positivo. “Na quinta à tarde, dia da abertura da festa, enquanto na praça voavam cadeiras com o temporal, o telefone não parava de tocar. Vozes ansiosas, crianças, jovens e adultos em desalento. ‘Vai ter a festa?’, era a pergunta que não queria calar. Não havia outra. Os ovos para Santa Clara pipocavam nos muros das casas numa grande corrente, enquanto as fantasias jaziam esticadas sobre a cama. ‘Haverá festa sim, venha o que vier’ foi a palavra de comando”, relembrou.
“A chuvinha incessante rodeava a tenda cheia. O orgulho se estampava no rosto da plateia e assim, uma após a outra, as apresentações se sucederam por três dias, sem nenhuma suspensão ou incidente, culminando com duas noites de absoluta lotação”, completou.
Márcia também contou como foi fazer uma das apresentações da noite. “Meu maior desafio foi subir ao palco pela primeira vez conduzida pelo meu neto Pedro para interpretar Bibi Ferreira, a grande dama do teatro, falecida recentemente. O chão faltou, mas ao olhar aquele imenso público impactante e ao lembrar que naquele palco subiram quase quatrocentas pessoas de cinco a 86 anos de idade, somados a paixão pela música francesa, penso que o espírito da inesquecível Piaf do Brasil tomou conta de mim”, relembrou. “Era como se eu vivesse aquela “La vie em rose” que explodiu dentro do meu peito. Só voltei a mim ao descer as escadas do palco e encontrar a minha espera todo o Grupo da Cultura e amigos, num abraço coletivo daqueles que não se esquece na vida e então era hora de voltar ao meu posto de apresentadora da festa”, contou emocionada.
Márcia terminou agradecendo a todos os envolvidos pelo sucesso do evento. “Era a Festa das Nações 2019. Sorrisos, mães corujas, pais emocionados. Foi assim que o público atento viajou por nove países aos pés da padroeira Sant’Ana. São muitas as pessoas envolvidas. Agradeço ao prefeito Amarildo pela confiança, aos departamentos de Educação, Ação Social, de Compras, de Serviços Urbanos e Rurais e outros grandes parceiros. Aos eletricistas, a Guarda Municipal, a todas as escolas e grupos que participaram da parte cultural, a todas as entidades pelo capricho do cardápio, ao nosso incansável Grupo de Música e Dança da Cultura, ao Ratinho Soluções e Eventos, aos patrocinadores, ao jornal Gazeta e a absoluta dedicação dos funcionários do Departamento de Cultura, responsável maior pelo evento”, agradeceu. “Obrigada, merci, gracias, thank you. Até 2020 para juntos comemorarmos, se Deus quiser, os 20 anos da Festa das Nações”, finalizou.