A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo confirmou o registro do primeiro caso de sarampo em Ribeirão Preto (SP), cidade que fica a 153 km de Vargem Grande do Sul, na última semana. O órgão do Estado e a Prefeitura da cidade não divulgaram informações sobre o paciente.
Desde o início do ano até o final de julho, foram confirmados 633 casos da doença em São Paulo, 484 deles apenas na capital. Nas duas últimas semanas, a confirmação de casos aumentou em 30% no Estado, que lidera o ranking de surto ativo, seguido de Rio de Janeiro e Pará.
O sarampo é altamente transmissível e o contágio é parecido com o de uma gripe comum, já que se dá pela tosse, espirro ou respiração da pessoa infectada.
A prevenção acontece pela vacinação e é oferecida gratuitamente durante todo o ano pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo necessário levar a carteira de vacinação e o cartão do SUS para se vacinar. A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, é indicada para crianças de até 12 meses, que devem tomar outra dose de reforço a partir dos 15 meses de idade.
A vacina contra o sarampo também está sendo aplicada para todas as pessoas de 15 a 29 anos, nas salas de vacinação em Vargem Grande do Sul.
Alerta
O Ministério da Saúde fez um novo alerta na terça-feira, dia 6, recomendando que as crianças de seis meses e menores de um ano de idade que se deslocarem para um dos municípios em situação de surto ativo de sarampo, sejam vacinadas no período mínimo de 15 dias antes da data prevista para a viagem. Atualmente 39 cidades nos estados São Paulo, Pará e Rio de Janeiro se mantém com surto ativo.
Essa recomendação deve ser mantida até 90 dias após o último caso confirmado de sarampo. O ministério informará aos estados oportunamente o momento em que a vacinação de crianças menores de um ano de idade deverá ser descontinuada. Essa vacina é chamada de dose zero e não substitui a vacina tríplice viral aos 12 e 15 meses.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, jovens de 15 a 29 anos de idade devem se vacinar, pois essa é considerada a faixa etária mais provável a não ter tomado a segunda dose da vacina no tempo recomendado. A campanha orienta que a imunização para essa faixa etária seja indiscriminada, ou seja, mesmo quem já tomou a vacina deve tomar novamente. Para o público-alvo, não é necessária a apresentação da carteira de vacinação ou documento. A vacina só não pode ser feita em gestantes e pessoas com baixa imunidade, como pacientes em tratamento contra o câncer.
Sintomas
Os principais sintomas são febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular, coriza, congestão nasal e mal estar intenso. Podem aparecer manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias.
Em fevereiro deste ano, após registrar mais de 10 mil casos da doença em 2018, o país perdeu o certificado de eliminação da doença concedido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). O surto da doença aconteceu principalmente nos estados de Amazonas e Roraima.
Panorama
O Ministério da Saúde registrou, entre os dias 5 de maio a 3 de agosto de 2019, 907 casos confirmados de sarampo no Brasil. O coeficiente de incidência da doença foi de 0,4 por 100.000 habitantes.
A Saúde enviou aos estados, neste ano, 12,1 milhões de doses da vacina tríplice viral para atender a demanda dos estados, já está incluído o quantitativo utilizado nas campanhas de vacinação contra o sarampo realizada em 19 municípios do estado do Pará e na cidade de São Paulo.
De acordo com o Ministério, até o momento, diante do atual cenário epidemiológico do sarampo, não está prevista a realização de campanhas adicionais de vacinação contra a doença, em outros locais, considerando que esta ação já está sendo realizada nas áreas onde há circulação do vírus atualmente.
Em Vargem
O Departamento de Saúde realizou no final de junho o Dia D da Campanha de Vacinação contra o Sarampo e Febre Amarela em Vargem. A Gazeta de Vargem Grande divulgou que no Dia D da vacinação contra as doenças, vários munícipes verificaram a carteira de vacinação e 44 pessoas foram vacinadas contra sarampo, caxumba e rubéola.
A Gazeta contatou a Prefeitura para saber como está sendo realizada a vacina contra a doença no município e se há caso suspeito ou confirmado na cidade. No entanto, até o fechamento dessa edição, não obteve resposta.