Dois fazendeiros de Vargem foram presos por furto de energia

Crime foi descoberto durante a terceira fase da Operação Curto Circuito, realizada em propriedades rurais de Aguaí; eles pagaram fiança e vão responder em liberdade

A Delegacia Seccional de São João da Boa Vista realizou na quinta-feira, dia 15, a terceira fase da Operação Curto Circuito, que apura furto de energia elétrica da rede de distribuição. A ação foi desencadeada em Aguaí, onde foram presos três fazendeiros, entre eles, dois de Vargem Grande do Sul. Os três pagaram fiança arbitrada em R$ 5 mil e vão responder pelo crime em liberdade. A Polícia não divulgou os nomes.

Em entrevista à Gazeta de Vargem Grande, o delegado Seccional Paulo Hadisch comentou que a primeira fase da operação foi realizada entre agosto e setembro do ano passado, quando cinco pessoas foram presas em flagrante, todas responsáveis por estabelecimentos comerciais que faziam o furto de energia elétrica.

Em 2019, foi realizada a Operação Curto Circuito II, que teve como foco ligações clandestinas efetuada por moradores em residências e prendeu quatro pessoas em São João da Boa Vista. Na terceira fase realizada na quinta-feira, foram empregados 24 policiais civis em sete viaturas, mais a presença de três peritos e 16 funcionários da Elektro, concessionária responsável pela energia elétrica na região, em dez veículos. Ao todo, foram checados sete locais sendo constatadas seis irregularidades em três fazendas produtoras de batatas.

Participaram da operação o delegado seccional Paulo Hadich e os delegados Guilherme Risso Teodoro, de Aguaí e Eduardo Denadai, de Vargem Grande do Sul.

Chegando nos endereços, foi verificado que os responsáveis mantinham em suas propriedades rurais ligação direta de energia, furtada da empresa Elektro. De acordo com o delegado Seccional, cabos de energia elétrica foram seccionados e essa energia não era contabilizada, o que caracterizava o furto.

Foi dada voz de prisão aos autores, que foram levados à Delegacia de Polícia, onde foram lavrados os autos de prisão em flagrante. Foram arbitradas as fianças no valor de R$ 5 mil, que foram pagas pelos autores. Assim, eles foram colocados em liberdade e continuarão a responder em liberdade.

Trabalho permanente

De acordo com o delegado Seccional, Paulo Hadisch, a Polícia Civil tem desenvolvido este trabalho permanente e que outras fases serão desenvolvidas. “Recomendo a quem comete crime semelhante que corrija o quanto antes e que não volte a cometê-lo”, asseverou. Segundo destacou o Seccional, o objetivo da Polícia Civil é reprimir futuros crimes semelhantes. “Se as pessoas souberem que estas ações não vão ficar impunes, não vão cometer estes crimes”, destacou.

Os casos seguem pela Delegacia da Polícia Civil de Aguaí para apuração e ajuizamento.

Elektro

Em nota publicada em seu site, a Elektro informou que com a ação, o volume de energia recuperado pela concessionária seria suficiente para abastecer, por exemplo, o município de Águas da Prata durante 15 dias .

No primeiro semestre de 2019, a concessionária desligou 6 mil ligações clandestinas, conhecidas como gatos, em casas e estabelecimentos comerciais. A empresa realiza a “Operação Varredura” nas 228 cidades atendidas nos estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. De janeiro a junho já foram feitas 34 mil inspeções que identificaram 2.700 casos de fraude na rede elétrica.

A empresa tem canais de denúncia para casos de fraudes e furtos, por meio dos quais é possível passar as informações anonimamente, como o 0800 701 0102 ou pelo site.

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