O projeto de lei do Executivo que tem como objetivo a venda dos terrenos da antiga rodoviária e o antigo mercadão municipal, na rua Prudente de Moraes, Centro, para a compra de área e a construção de um novo distrito industrial, foi aprovado pela Câmara na sessão do dia 2 de setembro.
Votaram a favor da medida os vereadores Alex Mineli (PRB), Bertoleti (PSDB), Gabé (PTB), Célio Santa Maria (PSB), Fernando Corretor (PRB), Canarinho (PSDB), Guilherme Nicolau (MDB), Zé Luís da Prefeitura (PPS), Cb. Láercio (PPS) e Wilsinho Fermoselli (DEM). Os votos contrários foram de Serginho da Farmácia (PSDB) e Paulinho da Prefeitura (PSB). Mesmo não votando nesta proposta, o presidente da Câmara, Felipe Gadiani (MDB), mencionou ser contrário ao projeto.
A proposta foi debatida em duas audiências públicas e após passar pelas comissões da Casa, foi colocada em discussão e votação. O projeto foi sancionado pelo prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) e segue os trâmites para a venda em processo de licitação futuro.
Primeira a falar, o vereador Paulinho criticou a falta de participação de muitas pessoas nas audiências públicas e afirmou que espera que uma grande empresa venha a se instalar na cidade, gerando muitos empregos. Apontou ainda a necessidade de se investir em capacitação de mão de obra. Laércio também cobrou maior participação da população em oportunidades como essas.
Célio ponderou que os moradores de Vargem estão clamando por emprego e que não se pode perder a oportunidade de gerar mais postos de trabalho, observando que esta medida é uma alternativa que resta.
Alex pediu que a política para atração de empresas e de empreendedores seja melhorada. Destacou que ainda há muita burocracia para ser superada, citando como exemplo os entraves que muitos empresários enfrentam na vigilância sanitária da prefeitura para conseguir abrir um negócio. Lembrou que mesmo com a aprovação do projeto, todo o trâmite, da venda dos terrenos, até a compra de uma nova área, a regularização do novo Distrito Industrial e a construção de sua infraestrutura é um processo demorado, que pode extrapolar para a próxima gestão. Por fim, cobrou também a concretização da venda já aprovada de outros terrenos para a aquisição de áreas destinadas à habitação popular.
Canarinho afirmou que é preciso pensar adiante, observou que o atual distrito está praticamente com todos os lotes disponíveis já comprometidos. Ele disse acreditar na retomada do crescimento econômico do país e na geração de empregos e que Vargem não pode correr o risco de não ter áreas disponíveis para empresas que aqui quiserem se instalar. Afirmou ainda que não é favorável a vender patrimônio público, mas que os vereadores precisam tomar uma decisão, pensando no futuro da cidade.
Guilherme Nicolau observou que as áreas do antigo mercadão e da antiga rodoviária estão paradas há anos, nada gerando para o município. Alegou ainda que os vereadores precisam tomar decisões e dar oportunidades para novos empreendimentos na cidade. Já Gabé destacou que quer ver um novo distrito bem planejado e que gere muitos empregos.
Zé Luís da Prefeitura observou que é preciso pensar no futuro, lembrando que o ex-prefeito Celso Ribeiro chegou a ser criticado pelo tamanho das escolas municipais que construiu e que hoje essas unidades estão repletas de alunos. Destacou que esta decisão é o primeiro passo para um futuro melhor estruturado na geração de empregos.
Fernando Corretor alegou que todo o projeto que der entrada na Casa e que for para o benefício da população terá seu voto favorável e afirmou que os terrenos parados como estão só causam transtornos.
Contrários
Serginho da Farmácia alegou ser contra esta proposta por não ter convicção de que esta é a melhor maneira para adquirir uma nova área para um novo parque industrial na cidade. Ele observou que ainda há lotes disponíveis no Distrito Industrial José Aparecido da Fonseca – Tota, e que as empresas lá instaladas geram poucos empregos.
De acordo com o que o Executivo informou em uma resposta ao vereador Alex Mineli, ainda não foram doados 12 lotes do atual distrito, mas que estes terrenos já são insuficientes para atender a demanda das empresas que já estão com processo em andamento junto á prefeitura para instalação em um futuro bem próximo.
Felipe Gadiani, também contrário à medida, disse que não vê a venda das áreas como sendo uma boa medida para comprar terreno para um novo distrito industrial. Alegou que no local da antiga rodoviária e do antigo mercadão, poderia ser construída a nova sede da prefeitura, com acessibilidade, todos os departamentos municipais, eliminando assim o aluguel de vários imóveis.