Por Gregório Pasquini
Para ser bem preciso, em dezembro de 1977 fui presenteado no meu aniversário natalício, com um pequeno e magistral livro, cujo conteúdo é aquele caminho que nem sempre suave, mas que nos conduz robustecendo a fé e alimentando a certeza de que Deus manda seu filho para nos salvar, nos permitindo superar quase todas as barreiras.
São 260 páginas repletas de magníficos trechos, possibilitando apresentarmo-nos diante do santuário do Senhor para abrir-lhes as portas do nosso coração. Descobri que rezar é a realidade mais simples e fascinante que eu conheci. É sentir a presença palpitante e viva de Deus, sem se preocupar com a gramática, com o dicionário, ou com a forma literária. Através da oração descobri Deus, no silêncio e na beleza das igrejas, nas capelinhas das verdes montanhas e colinas. Encontrei Deus quando, olhando do alto de uma cascata, observei a água despencando com extrema violência, a uma altura considerável, lambendo as pedras e fazendo ouvir bem ao longe a própria voz.
Abracei Deus no perfume das flores dos jardins ou das matas e Ele sem se preocupar com as técnicas do homem, lança as sementes mais delicadas, muitas vezes revestindo a natureza de cores maravilhosas.
Beijo o rosto de Deus todas as vezes em que, ajoelhando-me, deito a cabeça entre minhas mãos trêmulas, sentindo-me nunca estar sozinho. Li e reli este pequeno livro de bolso várias vezes e, a cada leitura, o encantamento e o aprendizado são surpreendentes. Concedei-me Senhor, que eu perfeitamente saiba se primeiro eu vos deva invocar ou louvar, se primeiro vos deva conhecer ou invocar. Senhor Jesus Cristo, 25 de dezembro é um dia em que a humanidade aguarda com invulgar alegria: o nascimento do menino Jesus, a tradicional árvore de Natal repleta de significativos adereços, minúsculas e coloridas luzes, o presépio que nos aproxima de Belém e dos Três Reis Magos Melchior, Baltasar e Gaspar, a figura do gordo e simpático Papai Noel. Nada tira o brilho, a prefulgência da gruta, em noite de céu pontilhado de estrelas e nos quatro cantos da cidade ouve-se os sinos badalando e ecoando os sons da belíssima Ave Maria, para o nosso coração enternecido.
Que Deus abençoe a todos. Amém