Fazer ou não fazer o carnaval municipal?

Carnaval em 2018 não atraiu bom público. Foto: Arquivo Pessoal

Eis a grande questão que se depara o chefe do Executivo. Gastar no mínimo uns R$150 mil para contratar um banda pequena e um bom esquema de segurança, fazendo o carnaval na Praça da Matriz ou na Barragem Eduíno Sbardellini, trazendo alegria para o povo, propiciando lazer para milhares de pessoas que também necessitam de seus momentos de descontração, e isso reflete na saúde dos indivíduos, ou investir em saúde, por exemplo, gastando este dinheiro com cirurgias eletivas e atendendo dezenas ou quem sabe até uma centenas de pessoas que delas precisam para minorar seus sofrimentos.

Ser responsável pelos destinos das pessoas e no fundo é isso que o gestor público se torna, é um grande desafio para as pessoas que se alvoram em disputar um cargo público, daí a importância da escolha dos dirigentes de uma cidade.

Apesar de na maioria das pessoas a resposta a ser dada é que, por uma questão de humanidade, o certo seria não fazer o carnaval e sem dúvida investir na saúde, ao administrar uma cidade o chefe do Executivo tem de ter em mente que há uma gama de problemas e situações que devem ser enfrentadas e investir em cultura, lazer, também está nas obrigações do prefeito.

Para  isso, há o orçamento, quanto vai ser dispensado por cada departamento, quais os projetos que devem ser feitos, onde investir mais, como atender os anseios da população e o carnaval se reveste de uma importância muito grande também, tanto que a maioria dos municípios da região vai investir nos seus carnavais.

Planejar um carnaval, não é deixar para a última hora e ver se haverá ou não dinheiro em caixa para realizá-lo. Por exemplo, quanto deve custar investir numa banda municipal que vai se aprimorando durante todo o ano, ensaiando e quando chegar no carnaval está afiada para tocar umas marchinhas que certamente vai alegrar centenas ou milhares de pessoas.

Será que juntamente com uma bandinha, colocar um som eletrônico com músicas carnavalescas, ou os sucessos que os jovens gostam de dançar sairia muito caro?  Isso sem falar no desfile de blocos que hoje floresce em todo o País – a cidade de São Paulo é o exemplo – quanto custaria aos cofres municipais planejar um carnaval com o desfile de blocos na cidade?

Enfim, tempo, planejamento e investimento. O Departamento de Cultura já deu provas de que consegue fazer uma Parada de Natal, uma Festa do Milho, uma deslumbrante Festa das Nações, desfile de Aniversário da Cidade, a Romaria dos Cavaleiros de Sant’ Ana e se a prefeitura investir um pouco mais em seus quadros de funcionários, quem sabe o Departamento de Cultura não conseguiria reinventar o carnaval em Vargem Grande do Sul, para alegria de muitas crianças, jovens, famílias e velhos foliões que anseiam poder sair nas noites de carnaval e brincar um pouco para espairecer os agitados dias que vivemos atualmente. Se deixar para a última hora, dá no que dá.

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