A pandemia de Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, exigiu medidas extremas dos governantes, como a decretação da quarentena em todo estado pelo governador João Dória (PSDB), as medidas de isolamento social recomendadas pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS) e passou a exigir que as pessoas adotassem uma série de ações preventivas, que envolveram a paralisação do trabalho, entre outras.
Assim, muita gente do comércio e prestação de serviços teve que parar suas atividades. Além disso, os tralhadores informais perderam seu ganha-pão. O resultado já pode ser sentido nas despensas de muitas famílias da cidade, que têm procurado auxílio da prefeitura e de entidades assistenciais.
Juntamente com a Saúde e a Segurança Pública, a Assistência Social faz parte dos profissionais que atuam na linha de frente durante a pandemia de Covid-19. Os profissionais da assistência têm o objetivo de garantir às pessoas o suprimento das necessidades básicas, de acordo com a Lei Orgânica de Assistência Social, diante da crise econômica que se instalará com a necessidade do isolamento social.
De acordo com Eva Vilma da Silva Rodrigues, diretora do Departamento de Ação Social da prefeitura de Vargem, desde março, quando começaram as medidas contra a disseminação do vírus, os serviços de convivência com idosos, crianças e adolescentes foram suspensos, bem como as reuniões socioeducativas, com o objetivo de evitar aglomerações.
As capacitações dos programas municipais Fortalecendo a Família e Frente Social de Trabalho, além dos projetos junto ao SESI, Senac e Senai, realizadas pelo Departamento de Ação Social e que beneficiam centenas de pessoas, foram suspensas evitando aglomerações de pessoas conforme a determinação do Ministério da Saúde.
Ressaltou Eva que os atendidos foram e continuam sendo orientados constantemente sobre as medidas de prevenção e os profissionais se concentraram no atendimento das solicitações de benefícios eventuais como cesta de alimentação entre outros, criando um protocolo de atendimento de acordo com as medidas preventivas resguardando os atendidos e os servidores, especialmente do CRAS e CREAS, que estão fazendo as triagens de quem procura os serviços.
Demanda
De janeiro para março, de acordo com Eva, a procura para esses benefícios eventuais teve um aumento de 100% e para abril estima-se que chegue a 200%, já que a cidade vive um momento de desemprego especialmente na área agrícola, chegando ao atendimento de mais 200 famílias por mês.
Para ajudar as famílias que passam pela triagem social obedecendo os critérios adotados, a Ação Social está utilizando as aquisições feitas para todo o ano de 2020, justiçando-se a situação de emergência instalada pela pandemia do Covid 19, evidenciada a hipótese excepcional preconizada pelo artigo 70º, § 10 da Lei Federal 9.504/97. “Desta forma, estamos utilizando o que já fora licitado e programado para o ano de 2020 e já solicitamos ao prefeito novas licitações para garantir a aquisição de mais produtos para o atendimento”, destacou a diretora de Ação Social.
Todos que procuram ajuda passam por uma triagem social, realizada pelas assistentes sociais, que seguem os critérios adotados para ajudar as famílias que mais necessitam.
Eva ressaltou que o Cadastro Único também foi paralisado pelo governo federal para evitar deslocamento de pessoas. Os cadastros que estavam em situação de bloqueio ou suspensão, receberão o benefício. Também quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC), está com a prova de vida suspensa por 120 dias.
Orientações
As entidades assistenciais que realizam trabalho em grupos receberam orientações para evitar as aglomerações e introduzir no dia a dia as diretrizes de higiene e isolamento social para seus atendidos. Nas casas de acolhida, como Casa de Passagem, a Associação Dom Bosco e a Sociedade Humanitária, foram dadas informações sobre higienização e sobre as visitas, de acordo com a determinação do isolamento social especialmente em se tratando de idosos.
Solidariedade
Também estão sendo trabalhadas campanhas para arrecadação de alimentos, produtos de higiene e limpeza para doação às famílias carentes e a entidades assistenciais que estão com problemas para reforçar seus orçamentos, já que os eventos estão proibidos de acontecer. O Tiro de Guerra comandando pelo sargento Alexandre Mariano e o Projeto Girassol, comandado pela professora Isabel da Costa, estão arrecadando e repassando as doações para o Fundo Social que está ajudando as famílias. Quem quiser colaborar é só ligar no 3641-6056 ou entregar as doações na Rua Sete de Setembro, 300.