O primeiro caso de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus no Brasil foi registrado no dia 26 de fevereiro. Quase dois meses e meio depois, Vargem Grande do Sul confirmou seu primeiro paciente com a doença.
Desde o anúncio do primeiro caso, o município vem se preparando e adotando uma série de medidas de prevenção. O número de respiradores no Hospital de Caridade passou de três para sete, com ajuda financeira da prefeitura, além da contribuição da Associação Setembro, na aquisição de novos equipamentos.
Outra iniciativa do município foi desinfectar todas as ruas da cidade com uma solução de amônia quaternária. Periodicamente, vários pontos de Vargem têm recebido a pulverização do produto. A prefeitura ainda distribuiu milhares de máscaras de pano para a população em risco social e entregou cestas de alimentos às famílias carentes. Dessa maneira, foi se preparando para este momento inevitável, o da chegada da doença na cidade. E agora que a Covid-19 já fez suas primeiras vítimas em Vargem, é imperativo que toda a sociedade se una num único objetivo: que os casos não aumentem em velocidade.
Mesmo com todas as ações realizadas, o Hospital de Caridade não terá condições de atender muitos casos simultâneos. A equipe médica e de enfermagem não terá condições de cuidar dos vargengrandenses adoecidos, caso a doença se alastre rapidamente. E como a população pode colaborar para que não haja avós, pais, irmãos, filhos e netos de tanta gente querida padecendo numa maca? Se mantendo em casa. O isolamento social é a única ferramenta comprovadamente eficiente contra a Covid-19. Ele não cura o paciente, mas dá tempo e fôlego para que os profissionais da Saúde façam o seu melhor.
Nas primeiras semanas da quarentena em Vargem, era visível a adesão da maior parte da cidade. Estabelecimentos com portas fechadas, ruas vazias. Um respeito grande às normas de isolamento. Os dias foram passando, as necessidades econômicas começaram a aparecer, os boletos passaram a se avolumar e as pessoas precisaram conseguir uma maneira de garantir a comida na mesa, a conta paga. Mas mesmo para suprir essa necessidade, as pessoas precisam redobrar os cuidados. Ainda mais agora, com casos positivos na cidade e a expectativa de mais pessoas infectadas ser cada vez mais presente. É necessário usar máscaras. Na verdade, é uma obrigação legal, tanto por decreto municipal, quanto estadual.
Agora, mais do que nunca, é preciso pensar no vizinho, no amigo, na família. Se a cidade não redobrar seus cuidados, pessoas queridas vão enfrentar essa doença, que é grave, é sofrida, cobra muito do paciente, exige muito das equipes de saúde e sim, é uma doença que mata. Assim, quem não precisar sair, fique em casa. Quem não puder permanecer em suas residências, use máscara. Chegou o momento de enfrentar de vez essa doença em Vargem. Que todos permaneçam firmes na prevenção, para que esse impacto seja o menos sofrido para as famílias da cidade.