Edição de número 2.000!

Realmente um feito a ser comemorado!
O Brasil, democrático ou não, realmente nunca teve grande afeição à imprensa livre e isso vem desde os primórdios da nação, pois, enquanto livros já eram impressos em outros países da América Latina desde 1.535, em nosso país a atividade de imprensa ficou proibida até a chegada a família real, em 1.808.
A imprensa livre, regra geral, não agrada aos governos, que preferem nela buscar amparo para divulgar notícias que venham a agradar aos eleitores que os mantenha no poder. E muito aconteceu e evoluiu no país graças aos ideais de jornalistas que lutaram para estancar desmandos e más gestões públicas, o que não foi diferente em Vargem Grande do Sul.
E esta luta sempre foi visível na Gazeta de Vargem Grande ao longo destas 2.000 edições, jamais se esquivando de enfrentar ataques e revezes das mais diversas espécies para publicar o que considera ser a verdade, sem se submeter aos encantos das benesses de governos que buscam divulgar as verdades que lhe são convenientes.
O controle da imprensa no Brasil foi marcante em seu início e a censura prévia somente foi extinta em 1.821 e a Constituição outorgada de 1.824 já contemplava a liberdade de imprensa, liberdade esta que, de fato, busca-se hodiernamente.
E os jornais são empresas que precisam se manter financeiramente, num país onde cerca de 60% das empresas cessam atividades em pouco mais de cinco anos (dados do IBGE de 2.015).
De extrema importância a imprensa séria e ética para levar à população a verdade dos fatos, principalmente numa época em que, com a facilidade das comunicações, tanto de inverdades são bombardeadas como se verdades fossem, manipulando os leitores por meio de sensacionalismos que, como canto sereia, levam-nos até mesmo a defender o indefensável e a compartilhar barbaridades meticulosamente articuladas para assumir ares de fatos reais.
Neste sentido é que necessitamos, mais do que nunca, de uma imprensa comprometida com a verdade e que possa levar os cidadãos a efetivamente participarem da vida pública e tomarem consciência para rumarmos para um futuro melhor.
Que a Gazeta de Vargem Grande se mantenha com o mesmo ideal com que nasceu pelas próximas duas mil, quatro mil edições.

José Roberto Rotta, VICE-PREFEITO

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