O retorno dos alunos da rede municipal de ensino irá seguir o cronograma estabelecido pelo Estado de São Paulo e a programação irá adotar todos os protocolos de prevenção contra o novo coronavírus (Covid-19), conforme explicou o Departamento de Educação da Prefeitura Municipal de Vargem Grande do Sul.
O plano de retomada das aulas das redes públicas e privadas foi divulgado pelo governador João Doria (PSDB), no dia 24. Essa retomada está prevista para 8 de setembro e será por etapas, sendo válido do ensino infantil ao superior.
De acordo com o explicado em coletiva, o cronograma está atrelado à permanência de todas as regiões da fase amarela do Plano SP. Na primeira de três etapas, as salas terão ocupação máxima de 35%, com revezamento de estudantes durante a semana e sob rígidos protocolos de segurança definidos no Plano São Paulo de indicadores de saúde.
Segundo o Departamento de Educação, neste período de pandemia, todos os alunos tiveram acesso às atividades remotas, que foram preparadas pelos professores e encaminhadas aos pais e alunos através de diversos meios disponíveis. As atividades foram enviadas pelo e-mail institucional, material impresso para ser retirado na escola, plantão de dúvidas diárias com os professores via internet e, sempre que necessário, presencialmente mediante agendamento.
Para os alunos da zona rural, as atividades a serem desenvolvidas foram semanalmente entregues pelos motoristas do Departamento de Educação. “Apesar da mudança do método de ensino e a necessidade da adaptação diante do novo para alunos e professores, acreditamos que atingimos nossos objetivos, tivemos uma grande participação das famílias neste desafio e todos os envolvidos na educação”, disse.
A Educação pontuou que acredita que o vínculo e o processo educativo foram preservados apesar das dificuldades. De acordo com o informado, no retorno das atividades presenciais, tentarão recuperar e minimizar as defasagens de aprendizagem de todos os alunos, durante este período.
Apae
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) também está se adequando para voltar às aulas no dia 8 de setembro. De acordo com a diretora da entidade, Ana Márcia Pereira Sabino, eles também irão seguir aquilo que foi determinado pelo governador. “No entanto, precisamos nos manter alertas para a situação do município, mas desde o dia que o governador se posicionou com uma data mais próxima, já iniciamos para adequar para quando chegar a data não sermos pegos de surpresa”, disse.
Ela contou que dentro da instituição eles estão tentando se adequar em relação aos equipamentos de proteção individuais (EPIs) para a retomada dos alunos e usuários. “Ontem chegou aqueles protetores, já temos máscaras, já compramos termômetro digital para fazer medição da temperatura e álcool gel. Tudo estamos comprando a mais para adequar em relação ao retorno”, falou.
Márcia comentou que estão fazendo um levantamento dos alunos que podem retornar no ponto de vista de saúde deles, pois alguns alunos e usuários, tanto da área de convivência como na área da educação, fazem parte do grupo de risco com problemas respiratórios, de coração e diabetes. “Então fazemos esse levantamento com a técnica de enfermagem e também vamos fazer um levantamento com as famílias, porque pode ser que há famílias que não queiram deixar os filhos retornarem”, explicou.
Outro critério, conforme pontuou, é os alunos que não tem problema de saúde no grupo de risco, porém não ficam de máscaras e não aceitam os EPIs, por isso terão que ser muito minuciosos, ficando atentos aos detalhes.
Márcia contou que na instituição será criado uma equipe para analisar toda a situação para que todos estejam de acordo. “Pensamos em ter eu e o coordenador nessa equipe, dois professores, alguém da equipe da saúde e a assistente social. Isso para ficarem todos a par daquilo que está acontecendo, porque algum aluno não retornou para as aulas, por exemplo, ficando todos cientes de tudo que acontece. Essa equipe será criada em breve e, no momento, focamos em nos adequar para a retomada”, disse.
A diretora explicou que também estão aguardando alguma posição da Federação das Apaes do Estado de São Paulo (FEAPAES) e da diretoria de ensino para poderem se espelhar, mas enquanto isso não ocorre, tentam se adequar.
Ela pontuou que como a APAE tem a área da saúde, os atendimentos continuam online e as psicólogas analisaram que os alunos estão muito ansiosos e nervosos. “Além disso, as famílias estão esgotadas porque as aulas continuam não presenciais, os professores continuam mandando também e dando seu melhor, o coordenador e toda equipe”, falou.
“Nós estamos todos nós desdobrando para dar continuidade no nosso trabalho, porque vemos o tanto que eles querem voltar aqui. Precisamos ter fé que tudo vai passar e que vamos passar por isso, olhar pra trás e dizer que vencemos”, finalizou.