Para o caminhoneiro vargengrandense Leonardo de Melo Gomes, de 39 anos, que está na profissão há 8 anos, diretamente o trabalho não foi afetado por não terem parado.
“Nosso ramo e nossa profissão não pôde parar. Não tivemos como cumprir a quarentena, nem nada disso. Nós tivemos que continuar trabalhando, até porque, tudo que o ser humano precisa, é transportado em cima de um caminhão, como alimentos, remédios… Tudo”, disse.
Leonardo comentou que a maior dificuldade durante a quarentena em prevenção à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), foi a de encontrar lugar para comer nas estradas e a preocupação com a família.
“Isso porque os restaurantes estavam todos fechados. Além da nossa preocupação em nos cuidarmos para não levarmos o vírus para a casa, para nossa família”, falou.
Segundo ele, no início da pandemia o óleo diesel havia barateado, o que ajudou a classe. “O valor estava mais baixo, o que não sei se tem relação com a pandemia, mas foi algo que beneficiou a gente, porque sobrava mais do valor do frete, pois a despesa diminuía um pouco”, lembrou.
O valor do combustível, conforme contou, já voltou ao normal. No entanto, Leonardo pontuou que a classe deveria ser mais valorizada, além de receber mais apoio nas estradas. “Nossa profissão é muito desvalorizada e pela importância que é nosso trabalho, de levar alimentos e remédios, nós tínhamos que ter um valor muito grande. Nós ficamos muito tempo fora de casa, nos preocupamos com a família que está em casa, então a gente merecia um pouco de valor”, lamentou.