Alckmin e Serra, dois líderes paulistas do PSDB são denunciados por corrupção

Ex-governadores Alckmin e Serra vão responder por corrupção. Foto: reprodução internet

Ambos já foram governadores do Estado de São Paulo e também candidatos a presidente da República pelo PSDB e são considerados líderes expoentes do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
No início do mês de julho a equipe da Lava Jato de São Paulo já havia denunciado o senador e ex-governador de São Paulo, José Serra e sua filha Verônica, por lavagem de dinheiro transnacional, na operação que ficou conhecida como Revoada, com busca e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A Procuradoria teria autorizado o bloqueio de R$ 40 milhões em uma conta na Suíça, não revelando a quem pertencia a conta. Serra é acusado de usar o cargo para receber da Odebrecht pagamentos indevidos em troca de benefícios relacionados às obras do Rodoanel Sul. A assessoria de Serra nega as acusações.
No último dia 21 de julho a Polícia Federal realizou outra operação por suspeita de caixa dois na campanha de Serra nas eleições de 2014, prendendo José Seripieri Filho, fundador da Qualicorp, do setor de planos de saúde, como suposto coordenador do esquema.
Já o ex-governador Geraldo Alckmin foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo na quinta-feira, 23, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral.
Também a denúncia envolve a Odebrecht, de quem o tucano teria recebido, segundo a Promotoria, R$ 2 milhões em espécie durante a campanha para o governo do Estado de São Paulo em 2010 e na disputa da reeleição ao Palácio dos Bandeirantes, em 2014, o valor teria subido para R$ 9,3 milhões.
Como os valores não teriam sido registrados nas prestações de contas do candidato, ele responde pelo crime de falsidade ideológica. Por ter recebido vantagem indevida, Alckmin é acusado de corrupção passiva e por ocultar a origem dos valores e dificultar a possibilidade de seu rastreio, responde por lavagem de dinheiro.
Também foram denunciados Marcos Antônio Monteiro, tesoureiro da campanha de 2014 e Sebastião Eduardo Alves de Castro, ex-assessor da Secretaria de Planejamento de Alckmin. Seu cunhado Adhemar César Ribeiro, não foi denunciado por causa da prescrição em razão de ter idade superior a 70 anos.
Segundo o noticiado, o ex-governador vem recebendo apoio de colegas de partido e há quem aposte que as denúncias visam provocar desgaste na imagem do ex-governador, desidratando-o para uma possível candidatura em 2022, quando ele poderia concorrer novamente ao cargo de presidente, ao governo do Estado ou ao Senado.

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