Na segunda-feira, dia 23 de novembro, moradores próximos ao Córrego Santana que passa pelo Jardim São Luís e deságua no Rio Verde, procuraram a Gazeta de Vargem Grande para denunciarem uma possível poluição que estaria acontecendo no córrego, devido à cor acinzentada e espessa que suas águas apresentavam, provavelmente devido à extração de argila que ocorria logo acima do córrego.
O jornal fez uma reportagem sobre a denúncia e procurou o Departamento do Meio Ambiente da Prefeitura Municipal e também entrou em contato com a Polícia Ambiental e a Cetesb para saber o que estava ocorrendo.
A Polícia Ambiental informou que por se tratar de problema envolvendo possível poluição de água, o órgão estadual que fiscaliza esta área era a agência da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) de São João da Boa Vista. Em contato com a Cetesb, foi dito que o órgão iria enviar técnicos na cidade para fazerem um levantamento e fiscalização na região e ver o que estava acontecendo com as águas do Córrego Santana.
A reportagem do jornal enviou então, um pedido de informações da atuação da Cetesb junto à Assessoria de Imprensa da agência que respondeu por e-mail o seguinte: “A Cetesb realizou uma vistoria no local, no último dia 25 de novembro, porém, no momento da fiscalização, não constatou lançamento irregular ou poluição nas águas do Córrego Santana. De qualquer modo, foi verificado que uma empresa de extração e comércio de argila operava em nova área de extração ilegalmente, pois apesar de possuir a devida Licença de Instalação não obteve, ainda, a de Operação. Em função do fato, a Cetesb tomará as providências legais cabíveis”.
Em uma mensagem que chegou à Gazeta, o proprietário da empresa de argila José Carlos Buscarioli disse que de fato houve um acidente no local onde acontecia a extração de argila e que a água da maneira como estava não matava os peixes. Ele questionou a poluição por parte dos esgotos que são jogados no Córrego Santana e eles sim, seriam no seu entender, os causadores da falta de vida do riacho. Cobrou então que a reportagem do jornal fizesse uma matéria sobre a poluição e o mau cheiro que exala as águas do Córrego Santana devido ao esgoto.
A mensagem do empresário foi inicialmente dirigida à diretora do Meio Ambiente Municipal, Melissa Ranzani pedindo a ela que tomasse providência para resolver a questão da poluição dos esgotos e o que podia ser feito para dar vida ao córrego, pois segundo ele a água proveniente da argila não matava os peixes, pelo contrário, dava até um pouco de vida.
O empresário relatou ainda que a situação não voltaria a ocorrer, explicando que dentro de três a quatro semanas terminaria o trabalho que está realizando no local.
Ele pede à diretora do Meio Ambiente para solicitar que a reportagem do jornal fizesse uma denúncia à Cetesb com relação à poluição causada pelo esgoto que está matando o Córrego Santana.
Em contato com o empresário José Carlos Buscarioli, a direção da Gazeta informou que já fez inúmeras reportagens denunciando a poluição do Córrego Santana e do Rio Verde por descarga de esgoto, inclusive uma recentemente onde demonstra com texto e fotos, a situação crítica de ambos os cursos de água que cortam o município.
A diretora do Meio Ambiente, Melissa Ranzani disse que o Poder Público, através do SAE está terminando de construir junto ao Córrego Santana uma nova captação de esgoto na Av. Hermeti Piochi de Oliveira e que com esta obra deve resolver a questão da maior parte dos efluentes que são despejados no córrego.