A rede pública de Saúde de Vargem Grande do Sul atende atualmente 80 pacientes com HIV na cidade
O Dia Mundial de Luta contra a Aids foi celebrado na última terça-feira, dia 1º de dezembro e de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a mortalidade pela doença em São Paulo caiu 39% e a incidência de casos caiu 33%. Em Vargem Grande do Sul, a rede municipal de Saúde atende 80 pacientes com o HIV e neste ano, já foram registrados 9 novos casos na cidade.
Desse total, 4 casos são de mulheres, sendo duas com idade entre 20 a 30 anos, uma de mais de 60 anos, e uma de 30 a 40 anos. Foram contabilizados 5 casos masculinos, sendo três homens entre 40 a 50 anos e dois entre 30 a 40 anos.
Para atender esses pacientes, a rede municipal de Saúde dispõe de atendimento médico com especialista infectologista, atendimento de enfermagem, e aconselhamentos, distribuição gratuita de medicamentos (o coquetel antirretroviral), preservativos (feminino e masculino), exames de sangue rotineiros e atendimento psicológico.
Segundo o Governo do Estado, a queda de óbitos em São Paulo está relacionada principalmente ao acesso a tratamento ARV (antirretroviral), disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde. Em 2010, São Paulo registrou 3.023 mortes pela doença, uma taxa de 7,3 por 100 mil habitantes anualmente. Já em 2019, o número absoluto caiu para 1.840 óbitos, e consequentemente a taxa passou para 4,2 por 100 mil habitantes. Ainda assim, cinco pessoas morrem diariamente no estado devido à doença, conforme destacou a Secretaria de Estado de Saúde.
Seguindo uma tendência verificada desde 1999, na última década a taxa de incidência de novos casos caiu 33,2%, passando de 20,5 casos por 100 mil habitantes por ano em 2010 para 13,7 em 2019.
Embora a queda ocorra em ambos os sexos, a taxa de incidência da Aids segue menor entre a população feminina: baixou de 13,0 para 6,2 por 100 mil mulheres. Já entre os homens, passou de 28,5 para 21,7 por 100 mil.
A população jovem é a mais vulnerável ao adoecimento pela Aids no Estado, especialmente os gays, uma vez que conforme destacou o Governo, vem caindo anualmente a transmissão heterossexual, a principal entre as mulheres.
Desde 2010, 8.462 jovens de ambos os sexos adoeceram. Porém, entre o sexo masculino, na faixa etária de 15 a 19 anos, houve um aumento de 1,8 vezes na taxa de incidência da Aids, que subiu de 2,9 para 5,2 por 100 mil até 2019. Crescimento similar ocorreu na faixa de 20 a 24 anos: elevou-se 1,4 vezes, saltando de 25,4 para 34,9 por 100 mil homens no mesmo período.
O primeiro caso da doença ocorreu em 1980 e, até junho de 2020, foram notificados 281.093 casos de Aids e 120.371 mortes no estado.
Rede oferece testes rápidos para HIV e tratamento a pacientes
O Dia Mundial da Luta Contra AIDS é um dia que deve servir para desenvolver e reforçar o esforço mundial da luta contra a doença. O objetivo é alertar a população sobre essa grave doença que não tem cura ou vacina. A pessoa infectada com HIV pode apresentar sintomas ou não. A doença enfraquece o corpo, devido à vulnerabilidade que apresenta em combater vírus, fungos e bactérias. Entre os seus principais sintomas estão: muita febre, suores, perda de peso, cansaço, dor nos músculos e articulações, dor de cabeça, dificuldade em se concentrar, tosse seca, gânglios linfáticos inchados entre outros.
A AIDS pode ser transmitida para outra pessoa por meio do contato direto com sangue e de fluidos corporais de alguém infectado. Dessa forma, são necessárias algumas medidas para prevenir a contaminação pela doença como: usar preservativos nas relações sexuais, utilizar seringas e agulhas descartáveis, usar luvas para contato com sangue ou fluidos corporais e utilizar objetos cortantes descartáveis ou esterilizados.
O Departamento de Saúde da prefeitura de Vargem Grande do Sul oferece teste rápido de HIV em todas as Unidades de Saúde do Município e também preservativos gratuitos a toda população em prevenção a doença.
Para realizar o teste de HIV é só procurar a Unidade de Saúde mais próxima do bairro onde mora e solicitar a enfermeira responsável à realização do teste, apresentando sintomas ou não. No caso de exame positivo a pessoa será orientada a procurar a Vigilância Epidemiológica do município que conta com uma equipe de enfermeiros capacitados e médico infectologista que realizará todos os procedimentos necessários para tratamento do paciente, com acompanhamento, consultas médicas e exames periódicos, além de medicamento gratuito para o tratamento da doença.