Ciclismo ganha mais adeptos na cidade

Fernando Otero começou a pedal há pouco tempo. Foto: Arquivo Pessoal

O número de pessoas que praticam ciclismo em Vargem Grande do Sul aumentou durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Com academias fechadas e a contraindicação para aglomerações, muitas pessoas optaram por fazer o esporte para se exercitar e passar o tempo.
A cidade que já contava com vários grupos de amigos que faziam seus pedais, viu suas ruas e vias rurais ganharem um número cada vez maior de adeptos. David Servilheri, proprietário da Ciclo Líder, informou que houve, sim, um aumento significativo de movimento no estabelecimento na pandemia, mostrando o aumento da popularidade desse esporte em Vargem.
Para quem está iniciando e já pedala o básico, ele contou que entre os acessórios básicos estão bermuda com almofada própria de ciclismo, capacete, luva e óculos, considerados itens de segurança imprescindíveis.
Em relação à escolha de bike, David pontuou que depende muito a modalidade que a pessoa quer fazer. “Se ela quer a bicicleta para trabalho e apenas ir na represa fazer exercícios, uma bike simples de ferro pode até servir, mas já para a prática do mountain bike (MTB) não são indicadas”, contou.
“A pessoa que quer fazer uma trilha sempre deve procurar um profissional nessa área, como uma bike shop, que já tenha um tempo significativo no mercado e possa lhe aconselhar o que vai ser melhor para a altura dela e o que ela pretende fazer”, completou.
O ciclista, que pedala há nove anos, contou sobre suas principais conquistas no esporte. Entre elas, está o Campeonato Paulista Amador, em 2017, quando foi campeão em todas as etapas, a Ultra Maratona de Alfenas, em 2019, na qual ficou em 5º lugar na sua categoria e 10º na geral, e a Copa Ouro Biker em Ouro Fino, no início deste mês, onde ficou em 6º lugar.
Conforme explicou, a Ultra Maratona de Alfenas é uma das maiores ultra maratonas do Brasil, conhecida como “homem de ferro”, onde até hoje somente 120 homens e três mulheres completaram o percurso. Para ele, o melhor do esporte são os benefícios para a saúde e as amizades conquistadas.

Estilo de vida
Fernando Otero, que tem 35 anos, é um dos muitos vargengrandenses que começaram a pedalar durante a pandemia. Ele está no esporte há três meses e contou o que o motivou a praticar ciclismo.
“Foi o estilo de vida, mais pelo lado da saúde. Era muito sedentário, não praticava nenhum exercício. Tive muita dificuldade no começo devido ao peso, como cansaço e dores, mas continuei com motivação e apoio dos amigos, que não me deixaram desistir”, disse.
O cliclista comentou que, com o passar do tempo, novas amizades vão surgindo, novos trajetos, resultados e desempenho sendo superados. “A partir disso, acabei pegando gosto pela bike”, falou.
Ele pontuou que na cidade não gosta muito de andar, mas os caminhos que mais gosta de fazer são as estradas do ‘Gordurinha’, ‘Forquilha’ e ‘Ruínas’. Fernando falou sobre o percurso mais longo que já fez e qual ainda tem em mente. “Foi quando fiz meus primeiros três dígitos, sendo 105 km, passando por Lagoa Branca, Venda Branca, Santa Cruz das Palmeiras, Casa Branca, Itobi e Vargem. Agora, sonho em fazer o Caminho da Fé”, comentou.
Fernando ainda deu dicas para quem quer começar a pedalar. “Por experiência própria, primeiramente, entenda quais são os seus limites. O ideal é iniciar com percursos curtos, em regiões já conhecidas. Assim você começa a fazer com que seu corpo se habitue ao tipo de exercício físico realizado durante o tempo em que você está pedalando. Com o passar do tempo automaticamente o seu corpo vai se adaptar e percorrer distâncias maiores vai ficar mais fácil”, finalizou.

David Servilhere compete em alto nível no ciclismo. Foto: Arquivo Pessoal
Fernando Otero começou a pedal há pouco tempo. Foto: Arquivo Pessoal

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