Teve grande repercussão na página da Gazeta de Vargem Grande no Facebook, a notícia publicada na semana passada sobre a proposta discutida pela nova diretoria do Hospital de Caridade, da mudança do pronto socorro municipal para funcionar junto ao hospital. Ela foi apresentada pelo prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) e o novo provedor da entidade, Jair Gabricho, que na entrevista dada ao jornal comentou que a mudança visa unificar a saúde do município, de forma a otimizar recursos que muitas vezes são gastos em duas frentes que executam o mesmo trabalho, isto é, PPA e Hospital de Caridade.
Atualmente, os pacientes que precisam do pronto socorro estão sendo atendidos no Centro de Saúde Dr. Gabriel Mesquita, localizado na Rua Cap. Belarmino Rodrigues Peres, nº 97, Bairro Nossa Senhora Aparecida, desde que foi iniciada em junho do ano passado, as reformas do Posto de Pronto Atendimento (PPA) “Alfeu Rodrigues do Patrocínio”, onde o pronto socorro funcionava.
Embora muitas pessoas tenham elogiado a ideia, alguns leitores da notícia questionaram dentre outras coisas, os gastos que estão sendo efetuados atualmente na reforma do prédio do PPA, se o hospital comporta atender as pessoas que precisam do pronto socorro, a questão de contágio, por causa da covid-19, dentre outras indagações.
Em entrevista à Gazeta de Vargem Grande, o prefeito Amarildo observou que esta possível transferência é algo a longo prazo. Conforme ponderou o prefeito, inicialmente é preciso que o Hospital de Caridade analise a legalidade dessa medida e também se é interessante para a instituição.
De acordo com o prefeito, a curto prazo é mais viável a transferência do plantão noturno, das 0h às 6h. Ainda assim, é necessário negociar com a empresa que atualmente é contratada para oferecer médicos plantonistas. Há também a necessidade de buscar uma solução para os servidores que atualmente fazem o plantão no PPA, caso essa possibilidade prospere.
Porém, o serviço de urgência e emergência que é realizado durante o dia é mais complexo, observou o prefeito. Uma vez que o volume de atendimentos é maior, cerca de 250 pacientes por dia. Além disso, caso o Hospital de Caridade avalie como sendo de seu interesse essa solução, a entidade ainda precisaria passar por obras, uma vez que a sua área de atendimento para casos de urgência teria que ser ampliada. E como o Hospital já passa por uma grave crise financeira, investimentos nesse sentido não são viáveis neste momento.
Reforma no PPA
Sobre o questionamento da reforma do PPA, Amarildo ponderou que as obras estão paradas, uma vez que a empresa responsável pela cobertura metálica que será utilizada na unidade solicitou um reajuste de pagamento por conta do aumento do material. Como o valor pedido é muito alto, a obra foi paralisada até que se encontre uma saída, que pode ser inclusive a reavaliação do contrato.
O prefeito afirmou ainda que mesmo que o prédio deixe de ser usado como unidade de urgência e emergência, pode facilmente abrigar outras funcionalidades da Saúde. Observou por exemplo, que atualmente a prefeitura paga aluguel de três imóveis para serviços do setor, que poderiam ser alocados ali. Ressaltou também que mesmo durante a reforma, o prédio continua sendo ocupado pela parte administrativa do Departamento de Saúde, além do Gripário que recebe pacientes com suspeitas de gripe e Covid-19 e a farmácia.
Provedor comentou
O provedor Jair Gabricho também enviou uma nota ao jornal onde esclareceu que o projeto de transferência do pronto socorro para o hospital visa acima de tudo prestar um melhor e mais rápido atendimento à população com economia de recursos. Jair falou que esse processo seria feito estritamente dentro das normas exigidas pela saúde e somente depois de aprovado pelos órgãos competentes. Que adequações necessárias precisam ser executadas ou finalizadas pelo hospital antes da mudança, que a princípio seria feito em duas etapas, primeiro o noturno e posteriormente o diurno.
