Mãe que protege

Luciana e o filho Manoel. Foto: Arquivo Pessoal

Proteger o filho é um instinto que toda mãe tem. Porém, além de proteger seu filho Manoel, de 5 anos, Luciana Martins Fermoselli, de 43 anos, busca proteger os cidadãos de Vargem Grande do Sul todos os dias como inspetora da Guarda Civil Municipal (GCM).
Ela contou como escolheu a profissão. “Sempre quando pequena, gostei do trabalho da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal. Meu sonho era ser bombeira, mas acabei fazendo curso e hoje sou profissional em Bombeira Civil, o qual fortaleceu meus conhecimentos no meu trabalho atual”, disse.
A inspetora comentou que reside apenas com seu filho e, com isso, vem as dificuldades. “Pois a mulher hoje tem o papel de profissional, mãe e dona de casa, fora arcar com gastos sozinha. Pra isso, as vezes procuramos renda extra. No meu caso, fazendo bico de Bombeira Civil, mas com a pandemia tudo parou e tive que me virar”, falou.
Luciana pontuou que não é fácil ter uma jornada de trabalho de 12 horas na Guarda e depois passar a ser mãe e dona de casa. “Mas meu filho sempre me levanta do cansaço, pois ele precisa de mim e me sinto uma grande mãe. Para ajudar, ainda tenho que chegar, ajeitar a casa, dar banho nele, fazer o jantar, alimentá-lo e dar as lições da escola, pois não tem aula há mais de um ano”, relatou.
“Com isso, é hora de dormir e logo amanhece e tudo recomeça. Jamais deixarei me abater porque Deus me deu inteligência, garra, força e determinação e assim vou seguindo com todas minhas forças. Enquanto Deus me der saúde, estarei ao lado dele até o último momento da minha vida”, completou.
Segundo Luciana, quando está no trabalho, está focada apenas ali e, assim, consegue realizar suas funções e ir para casa de cabeça fresca sem preocupação. Ela falou sobre a profissão. “Minha profissão hoje me ensinou a viver e valorizar a vida humana sem diferenças na cor, raça ou dinheiro. Todos temos o que há em nosso interior corporal e este sim, se falta algo, vai te modificar. E quando partimos somos apenas lembranças e recordações, por isso educarei meu filho pra ser um homem bom”, disse.
A profissional comentou que amaria se seu filho escolhesse sua profissão. “Pois o significado disso seria que em toda a vida dele ele me observou e aprendeu a reconhecer meu trabalho sem cobranças e com admiração. E hoje entramos para história com está pandemia, pois somos linha de frente e será um legado pra toda vida dele. Quando ele estiver na faculdade, ele será um dos que irá levantar a mão com orgulho e dizer que minha mãe fez parte da luta contra Covid-19”, finalizou.

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