A estiagem este ano deve ser uma das mais severas desde 2014, conforme a Gazeta de Vargem Grande noticiou na última semana. Dados do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu e também do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) apontaram que em 2021, a seca promete ser mais intensa que a do ano passado. Assim, com a chegada da seca, há um aumento no número de incêndios e a Guarda Civil Municipal (GCM), por meio da Defesa Civil, pediu à população que colabore com a prevenção a esses focos de queimada. Somente neste mês, foram 41 focos de incêndio combatidos pela equipe.
De acordo com a GCM o período de estiagem exige uma série de cuidados com a saúde e também com o meio ambiente, pois a possibilidade de incêndios florestais neste período é maior por conta das condições climáticas.
As queimadas também geram multa conforme a Lei Municipal nº 4.154/17. Constatada a queimada em áreas urbanas, provocadas ou não pelo proprietário, possuidor a qualquer título ou seu responsável, será cobrada segundo o art. 4º presente na lei, multa referente a R$ 5,00/m² (cinco reais por metro quadrado) da área de vegetação queimada, respeitando o mínimo de R$ 500,00 (quinhentos reais).
A Defesa Civil pede conscientização da comunidade, em especial dos moradores de áreas rurais, onde habitualmente há os maiores focos de incêndios. “Uma das nossas maiores preocupações com o período de seca são os incêndios que tomam proporções descontroladas, podendo devastar a vegetação e matar animais. Nesse sentido, orientamos que seja feito o trabalho de prevenção por parte dos produtores, que são os aceiros ao longo das propriedades”, informou.
“É importante que o fazendeiro já trabalhe com essa ideia porque ele sabe que nesta época o incêndio acontece. Então, é preciso ter uma atenção redobrada agora, para que nos meses de julho e agosto, quando se intensificam os números das queimadas, o trabalho feito lá no início, que é a realização dos aceiros, ajude a diminuir o alastramento desse fogo”, explicou.
Além disso, a prática das queimadas em terrenos urbanos causa danos maiores ainda à população, pois afeta diretamente a saúde das pessoas, principalmente crianças, idosos e aqueles com problemas respiratórios. Por conta da pandemia da Covid-19, segundo a GCM, a gravidade é ainda maior. “Reforçamos que se as pessoas tivessem conscientização do agravamento dos problemas de saúde que a fumaça das queimadas traz, fariam a limpeza dos terrenos de outra forma, sem colocar fogo”, alertou.
A Defesa Civil pontuou alguns cuidados necessários para coibir incêndios florestais, como não atear fogo para limpeza de terrenos, lixo ou resto de podas de árvores; após fumar, apagar o cigarro e descartá-lo em local adequado; ao identificar um incêndio, procurar um local seguro, distante do fogo e da fumaça. Além disso, a população deve ligar para o 199 ou 153 e indicar o local exato do incêndio, se possível, com pontos de referência.