Jair Gabricho permanece no Hospital até 31 de dezembro

Jair é provedor do Hospital. Foto: Arquivo Gazeta

Com o Hospital de Caridade sem diretoria no início deste ano e correndo o risco de fechar por falta de administração, o empresário Jair Gabricho e um grupo de pessoas atenderam a uma solicitação do prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) para administrar a entidade em um mandato tampão até o dia 30 de junho deste ano, quando novas eleições seriam realizadas.
No dia 19 de junho, foi publicado nas páginas da Gazeta de Vargem Grande o edital de convocação para a Assembleia Ordinária que seria realizada no dia 29 de junho no Hospital de Caridade para eleição da nova Mesa Administrativa, membros do Conselho Fiscal e do Conselho Deliberativo para complemento do período do dia 1º de julho até o dia 31 de dezembro de2021.
Porém, ninguém se apresentou para assumir e os membros da atual Mesa Diretora sob o comando do provedor Jair Gabricho vão continuar até o final do ano. Também continuam como presidente do Conselho Deliberativo, Cássio Abrahão Dutra e Carlos Rodrigo Carvalho como presidente do Conselho Fiscal, com seus respectivos membros que já vinham desempenhando o cargo desde fevereiro deste ano.
Em entrevista ao jornal, Jair Gabricho disse que assumiu o mandato tampão com um grupo de pessoas para o Hospital não fechar em fevereiro, e que fariam novas eleições no final de junho para que uma nova diretoria assumisse. Disse que nesse período em que está à frente do Hospital, a situação piorou muito devido à pandemia do coronavírus. A parte financeira que já vinha muito debilitada, acabou sofrendo ainda mais com os gastos no tratamento dos pacientes acometidos pela Covid-19.
Disse que graças a Deus conseguiu pagar em dia muitos fornecedores, mas que algumas dívidas ainda persistem, como a devida ao Corpo Clínico. São dívidas muito grandes que a entidade carrega há um bom tempo. Falou que só foi possível realizar os pagamentos graças aos repasses da prefeitura, com o apoio do prefeito Amarildo, do vice Celso Ribeiro e dos vereadores municipais.
“Principalmente com as doações vindas da Associação Setembro, através dos bataticultores e dos produtores rurais. Se não fossem essas doações, provavelmente não iríamos poder honrar os pagamentos dos fornecedores de oxigênio, medicamentos e poder atender os pacientes com Covid”, afirmou Jair.
As contribuições dos munícipes de Vargem, de empresas e até de pessoas que moram fora da cidade, foram importantíssimas nestes quatro meses para a equipe que dirige o Hospital. Todas as contribuições poderão ser vistas no site de prestação de contas que o Hospital está colocando à disposição de toda a população, através do Portal da Transparência, explicou o provedor. “Fazemos o fechamento mês a mês e quem doou pode ver onde o dinheiro foi aplicado ou onde pretendemos usar a verba proveniente da doação”, disse.
Jair voltou a reforçar que o Hospital vive o pior momento da pandemia, que os 27 leitos que foram ampliados estão ficando sempre lotados, que os cinco leitos para as pessoas que precisam ser entubadas também vivem no limite e que com isso os custos são altíssimos. Lembrou que até janeiro o gasto com oxigênio era de R$ 15 mil por mês e que só no mês de junho, a conta ficou em mais de R$ 120 mil. Os gastos com medicamentos e materiais até janeiro eram em torno de R$ 80 mil e que em junho a conta foi fechada em R$ 224 mil.
O provedor enfatizou que o Hospital continua precisando de ajuda financeira e quem puder doar, que o façam, pois as doações salvam vidas. Ele também faz um apelo para que as pessoas usem máscaras, mantenham o distanciamento, não se aglomerem e façam a higienização das mãos. “É a única forma de nós diminuirmos e prevenirmos de contágio até que a vacina atinja a todos”, pediu o provedor do Hospital.
Explicou que é preciso diminuir o nível de contágio, não só por uma questão de ampliar leitos, mas também de pessoas, de material humano para que possa dar o atendimento. “Nosso corpo clínico, enfermeiros, técnicos, estão exauridos e não tem como ampliar, pois faltam profissionais no mercado. Não adianta ampliar leitos, pois não temos mais médicos e profissionais para cuidar destes pacientes. Temos de seguir rigorosamente os protocolos”, desabafou.

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