Aumento no número de focos de incêndios registrados e combatidos em Vargem Grande do Sul preocupa a Guarda Civil Municipal (GCM) e a Defesa Civil. Neste ano, 76 ocorrências como essas foram atendidas pela equipe, sendo 17 apenas em julho. Na última semana, foi decretado estado de alerta de risco de desabastecimento de água no município, uma vez que informes da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico e dos Comitês das Bacias Hidrográficas dos quais Vargem faz parte, relataram a baixa média de incidência de chuva e o longo período de estiagem que atinge toda região.
O período de seca exige uma série de cuidados com a saúde e também com o meio ambiente, pois a possibilidade de incêndios em mata neste período é maior por conta das condições climáticas.
Dados da GCM mostram que do total de incêndios em vegetação durante o ano, 16 foram em zona rural e 8 na área urbana. Além disso, quatro focos foram debelados na SP-215 e quatro na área de mata próximo à Rua Floriano Peixoto. Do total, 18 focos foram registrados ocorrram aos sábados e 15 em quartas-feiras. Sobre os horários, 25 incêndios ocorreram das 14h às 18h.
Durante o mês de julho, quando foram registrados 17 focos de incêndio, quatro ocorreram em período da manhã, das 10h às 12h. Os sábados são os dias da semana quando ocorreram mais incidência de fogo: quatro. Em julho, dos 17 casos atendidos, cinco foram na zona rural e dois na área urbana, sendo dois focos na SP-215 e dois em área de mata na rua Floriano Peixoto.
Estado de alerta
O estado de alerta foi decretado no dia 22 de julho. Dessa maneira, tornou-se expressamente proibido utilizar água de rede pública para lavar calçadas, molhar ruas, lavar veículos, manter torneiras, canos, conexões, válvulas, caixas d’água, reservatórios, tubos ou mangueiras eliminando água continuamente.
Ficam também, proibidos os postos de gasolina de utilizar a água da rede pública para lavagem dos veículos, com exceção do para-brisa e lanternas, itens de segurança, com a utilização de recipiente próprio.
Cuidados
A Defesa Civil pede conscientização da comunidade, em especial dos moradores de áreas rurais, onde habitualmente há os maiores focos de incêndios.
Além disso, a prática das queimadas em terrenos urbanos causa danos maiores ainda à população, pois afeta diretamente a saúde das pessoas, principalmente crianças, idosos e aqueles com problemas respiratórios. Por conta da pandemia da Covid-19, segundo a GCM, a gravidade é ainda maior.
As queimadas também geram multa conforme a Lei Municipal nº 4.154/17. Constatada a queimada em áreas urbanas, provocadas ou não pelo proprietário, possuidor a qualquer título ou seu responsável, será cobrada segundo o art. 4º presente na lei, multa referente a R$ 5,00/m² (cinco reais por metro quadrado) da área de vegetação queimada, respeitando o mínimo de R$ 500,00.
A Defesa Civil pontuou alguns cuidados necessários para coibir incêndios florestais, como não atear fogo para limpeza de terrenos, lixo ou resto de podas de árvores; após fumar, apagar o cigarro e descartá-lo em local adequado; ao identificar um incêndio, procurar um local seguro, distante do fogo e da fumaça. Além disso, a população deve ligar para o 199 ou 153 e indicar o local exato do incêndio, se possível, com pontos de referência.
Equipe combateu incêndio no Jd. São Paulo II durante cinco horas
No último domingo, dia 25, a Guarda Civil Municipal, por meio da Defesa Civil, passou mais de cinco horas debelando um incêndio na parte de baixo do Jardim São Paulo II.
O foco teve início às 15h e só foi controlado às 20h. De acordo com a GCM, a equipe realmente teve uma luta intensa para que o fogo não percorresse mais terreno e chegasse em propriedades rurais.
A Defesa Civil contou, inclusive, com a ajuda de populares para debelar o incêndio, que ocorreu no prolongamento das ruas Prudente de Moraes e Floriano Peixoto. No total, mais de 5 mil m² de vegetação foram queimadas.