O coletor de recicláveis Mateus Domingos, 41 anos, que precisou ter o braço amputado após ser atacado por um pitbull e um rottweiler no Centro, ainda não teve alta do Hospital de Caridade. Segundo seu irmão, Moisés Domingos, a saída de Mateus estava prevista para acontecer na tarde do último sábado, dia 27. Porém, ele foi acometido por uma infecção e está fazendo tratamento com antibióticos.
De acordo com Moisés, ainda não há previsão de alta para seu irmão. “Ele continua internado tomando antibióticos pela infecção que deu. Não tem previsão de alta. Ele está bem, mas o médico pediu para esperar a infecção passar para dar alta”, explicou.
Doações
Moisés apontou que Mateus segue recebendo doações. Quem desejar fazer alguma doação de comida e roupas, só levar na casa da sua irmã Elaine, após às 16h, na rua Ambrosina Alves, nº 450, no Jardim Morumbi. O telefone, que também é WhatsApp é o (19) 99280-3629. Segundo sua família, ele usa peças de roupa de número 38 e calça sapatos de número 39.
Quem preferir fazer doação em dinheiro, é possível fazer a transferência para seu irmão Moisés, que explicou ser seu tutor. O recurso será usado para trazer a mãe de Mateus, que está em Campinas, para visitá-lo e também para comprar alguns alimentos ou produtos para o coletor de recicláveis. Quem quiser colaborar, a chave pix é mdpinturas@hotmail.com
O caso
Mateus teve o braço dilacerado na noite do domingo, dia 21 de novembro, em Vargem Grande do Sul, após ser atacado por um pitbull e um rottweiler no Centro. Após o ataque, ele foi levado ao Hospital de Caridade, onde teve o braço amputado na tarde de quarta-feira, dia 24, devido à gravidade dos ferimentos. Os cães pertencem ao empresário Charles Pereira.
No dia 21, foi lavrado pela Delegacia de Polícia Civil de São João da Boa Vista, um Boletim de Ocorrência sobre Omissão de Cautela na Guarda de Animal, e Lesão Corporal Culposa.
O delegado Antônio Carlos Pereira Junior informou que o caso já foi enviado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Ele detalhou que ouviu a vítima, colheu imagens de câmeras do local, foi requisitada perícia e representado à Justiça para que fosse emitida uma ordem para o dono manter os cães em condições de segurança, que impossibilitem suas evasões e ataques a pessoas e outros animais. O caso segue agora pelo Judiciário.