O resultado da 16ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) foi divulgado na quarta-feira, dia 19. Em Vargem Grande do Sul, três alunos foram contemplados com medalhas de bronze, sendo Murilo Cabral Arrigoni da Silva, da Escola Estadual Benjamin Bastos, Erick Luciano da Silva, da Escola Estadual Gilberto Giraldi, e Emilly Bonfim Canato, também do Benjamin.
Uma professora de Vargem também foi premiada, Neusa Aparecida Bedin Bernardelli, do Benjamin Bastos. Além dos três medalhistas e da professora, outros 35 alunos vargengrandenses receberam menção honrosa na disputa.
Dedicação
Murilo Cabral Arrigoni da Silva, de 13 anos, foi um dos alunos de Vargem a ganharem medalha de Bronze na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Filho de Marco Antônio da Silva e Adriana Cabral da Silva, ele estava no 7º ano e agora foi para o 8º ano da Escola Estadual Benjamin Bastos. À Gazeta, Murilo contou como se preparou para a prova.
“Eu sempre prestei atenção em todas as aulas que eu tive durante o ano, mas duas semanas antes da prova eu comecei a relembrar tudo que eu aprendi. E, durante este período, eu também estive respondendo questões de provas passadas para poder ter uma noção de como seria. Também procurei assistir aulas extras de matemática, o que me ajudou muito, pois assim, eu conheci novas estratégias de cálculo e de resolução de problemas”, informou.
Ele ressaltou que a prova estava difícil. “Principalmente as últimas questões. Inclusive, havia questões que exigiam estratégias de cálculo que eu ainda não tinha aprendido, mas como eu comecei a me preparar bem antes da prova, houve algumas questões que eu consegui resolver com mais certeza nos cálculos”, comentou.
O aluno contou como se sente com o prêmio. “Eu me sinto muito honrado por ter recebido uma medalha em uma olimpíada científica tão concorrida, e agradeço a todos que me apoiaram, a Deus, meus pais, minha professora, minha escola e a todos que de alguma forma me influenciaram a seguir esse caminho”, completou.
Sonho
Emilly Bonfim Canato, de 15 anos, foi outra medalhista. Ela estudava no 9º ano da Escola Estadual Benjamin Bastos e foi para o 1º ano do Ensino Médio na Escola Técnica Estadual (Etec) de Vargem. Filha de Maria Eunice Bonfim Canato e Márcio Rodrigues Canato, ela falou da preparação para a prova. “Bom, desde o começo do ano eu venho me preparando bastante e estudando sempre. Procurei realizar algumas outras provas antigas e me dediquei o máximo possível”, disse.
Ela comentou que teve algumas questões fáceis, porém em média estava um tanto quanto difícil. Emilly relatou como é ser uma das medalhistas. “Me sinto muito feliz, era tudo o que eu sempre sonhei. Desde o sexto ano eu recebo menção honrosa, e agora, uma medalha”, completou.
Conquista
O aluno da Escola Estadual Gilberto Giraldi, Erick Luciano da Silva, de 13 anos, também recebeu medalha de bronze na competição. Em 2021, ele estava no 7º ano e, agora, está indo para o 8º. Filho de Isabel Aparecida da Silva e Edson Luciano da Silva, Erick contou como estudou para as Olimpíadas. “Eu me preparei bastante para a OBMEP, treinando bastante várias questões de edições passadas e a escola também disponibilizou para os alunos que se classificaram para a 2° fase o professor Tiago de Paula, que nos auxiliou bastante com aulas sobre os principais assuntos que aparecem nas provas da OBMEP”, disse.
Para ele, a 2ª fase foi bem difícil. “Na minha opinião, a prova da 2° fase da OBMEP estava muito difícil, mesmo com muita preparação, inclusive durante a prova não consegui responder quatro questões, e o que elevava ainda mais a dificuldade da prova era que as questões precisavam de justificativa, mas mesmo assim consegui responder as demais questões com muita facilidade”, pontuou.
Erick comentou como foi receber o prêmio. “Eu me sinto muito feliz que apesar da dificuldade que eu tive em realizar a prova, eu consegui mesmo assim uma medalha de bronze, que foi para mim umas das melhores conquistas da minha vida. Eu só tenho a agradecer a minha escola, aos meus professores e a minha família, todos eles nunca deixaram de acreditar em mim, e isso é muito gratificante”, finalizou.
Emoção
A professora do Benjamin Bastos, Neusa Aparecida Bedin Bernardelli, também foi premiada na OBMEP. Ela soube da notícia pela reportagem da Gazeta e não escondeu a alegria. “No primeiro momento fiquei bastante surpresa. O jornal que me deu a notícia e eu adorei. É muito legal ser valorizado na profissão, somente reafirma que o trabalho realizado vale a pena, principalmente em uma área, como a educação, que é tão desvalorizada. Estou bastante feliz”, comemorou.
Neusa destacou o trabalho que desenvolveu com os alunos em 2021, razão pela qual acredita ter sido premiada. “Acredito que o motivo da premiação seja porque trabalhamos bastante a matemática esse ano e também, com o nono ano, tivemos a prova Brasil e o Saresp”, pontuou.
“Foi realmente um trabalho atípico, porque pegamos bastante aulas semipresenciais”, observou. Neusa tem dois cargos na Educação, os dois eram no Benjamin. “Em um deles, me aposentei em meados de 2021 e, no outro, estava em outra escola e fui transferida para o Benjamin, onde continuo trabalhando”, relatou.