Servidores Públicos Municipais reivindicam aumento retroativo a janeiro

Edson Bovo, presidente do SSPM, falou à Gazeta. Foto: Arquivo Gazeta

O mês de janeiro já está findando e uma das reivindicações dos servidores públicos municipais corre o risco de não ser atendida pelo prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB). É que além de reivindicarem a reposição da inflação do ano de 2021, que foi de 10,46%, os servidores pedem que a mesma seja retroativa ao mês de janeiro deste ano.
Na entrevista que concedeu ao jornal Gazeta de Vargem Grande, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPM), Edson Bovo, disse que várias prefeituras da região e também do Estado já concederam o aumento e ele foi retroativo a janeiro.
“Os funcionários estão me cobrando diariamente o aumento, pois eles têm conhecimento que as prefeituras da região já realizaram este direito aos servidores municipais. Também me cobram o aumento do auxílio alimentação de R$ 350,00, para R$ 500,00”, afirmou Edson.
O presidente disse que já procurou o prefeito Amarildo Duzi Moraes para justificar o aumento solicitado. Segundo Edson, o último reajuste foi em março de 2020, de 5%, que foi a inflação do ano anterior e mais 3% de aumento real em junho. Só que em agosto a contribuição dos servidores ao Fupreben passou de 11% para 15%, anulando praticamente o aumento real dado pelo Executivo.
Disse que os servidores estão perdendo muito. Além dos congelamentos obrigados pela Lei Federal 173, que estabeleceu o plano de enfrentamento ao Coronavírus, os servidores estão praticamente há um ano e nove meses só com o aumento de 5%. Outro fator que diminuiu o poder aquisitivo dos servidores, segundo Edson, foi o reajuste do Plano de Saúde, que subiu 13% a partir de dezembro, já descontado dos salários recebidos no dia 30 de dezembro.
O presidente do SSPM afirmou que procurou o prefeito Amarildo solicitando uma reunião para tratar do assunto no dia 10 de janeiro, e até hoje não conseguiu marcar a reunião com o chefe do Executivo. “Esse diálogo entre o prefeito e o Sindicato é muito importante, até para a gente demonstrar aos servidores que estamos buscando uma solução para a reivindicação salarial dos nossos sindicalizados”, disse Edson.
Edson argumentou que a conversa entre o Executivo e o Sindicato serve também para que os associados tomem conhecimento da real situação econômica da prefeitura de Vargem Grande do Sul e que é um momento importante para repassar ao prefeito as dificuldades pelas quais passam os servidores, principalmente neste momento em que o País vive um grande surto inflacionário, atingindo em cheio o poder aquisitivo dos trabalhadores municipais.
“Apesar de toda dificuldade que a pandemia causou aos cofres municipais, temos conhecimento que a situação da nossa prefeitura é muito positiva. Isso graças a boa administração do prefeito Amarildo. Sendo assim, acho justas as nossas reivindicações”, concluiu Edson Bovo.
Também preocupado com o desfecho do aumento dos servidores públicos municipais, está o presidente da Câmara Municipal, Paulinho da Prefeitura. Ele informou à Gazeta de Vargem Grande que aguarda ainda uma posição do Executivo com relação ao reajuste dos servidores públicos municipais, pois o projeto ainda não foi enviado ao Legislativo, que tem de analisar e votar para que os servidores possam ser beneficiados o mais breve possível.
Paulinho comentou à Gazeta que cidades da região, como São João da Boa Vista, Divinolândia, São Sebastião da Grama e Santo Antônio do Jardim já aprovaram projetos de reajuste a servidores em 10,46%. Já em Tambaú, foi aprovado aumento de 9,83%, mais R$ 100,00 no auxílio alimentação.
Segundo apurou o jornal, em São João da Boa Vista o aumento foi de 9% retroativo a janeiro, e mais 2% a partir de junho deste ano. O auxílio alimentação foi de R$ 180,00, passando para R$ 250,00 em janeiro e $ 350,00 em junho.
Em entrevista à Gazeta no final de 2021, o prefeito Amarildo Duzi Moraes informou que logo no começo do ano enviaria à Câmara um projeto de lei propondo o reajuste salarial aos servidores públicos. Porém ainda não havia definido o percentual do aumento.

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