ACI ajuda na contratação de mão de obra

Gerente comercial da ACI, Pereti destacou ações da Associação para emprego e reforçou que candidatos precisam buscar sempre estudar e se qualificar. Foto: Reportagem

Além dos muitos serviços que a Associação Comercial e Industrial (ACI) de Vargem Grande do Sul presta aos seus associados e também à coletividade vargengrandense, quando se comemora o Dia do Trabalho, que acontece neste domingo, dia 1º de Maio, há de se destacar o papel que a entidade vem realizando quanto à colocação de mão de obra, principalmente de jovens que procuram o primeiro emprego no município.
Quem explica como funciona este trabalho, é o gerente comercial da ACI, José Roberto Pereti, 65 anos, com pós graduação em Gestão de Pessoas pela PUC de Poços de Caldas e com uma experiência bancária de mais de 30 anos, que o possibilita desempenhar com sucesso esta tarefa de contribuir tanto com as empresas, como também com as pessoas que estão desempregadas.
No Banco de Currículos que a associação administra, há centenas de dados das pessoas que podem fazer o cadastro no site da ACI, www.acivgsul.com.br, como também levar o mesmo na sede da entidade que fica na Rua São Jorge, nº 90, no Jd. São Luiz. São pessoas de várias idades, jovens, homens, mulheres e até mesmo com mais de 60 anos que podem se cadastrar em busca de uma oportunidade de emprego. O setor que mais contrata, segundo Pereti, é o comércio da cidade, vindo em seguida a indústria e prestação de serviço.
A ACI dá especial atenção a dois programas que ajudam os jovens que estão em busca do primeiro emprego. O jovem aprendiz é contratado com base na Lei nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000, onde afirma que empresas de médio e grande porte devem contratar jovens com idade entre 14 e 24 anos como aprendizes. O contrato de trabalho pode durar até dois anos, sendo que nesse período o jovem é capacitado na instituição formadora e na empresa, combinando formação teórica e prática.
Também a ACI trabalha com o que determina a Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes, que visa ao aprendizado competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.
Segundo Pereti, as empresas que trabalham com lucro real são notificadas pelo Ministério do Trabalho de Campinas a cumprirem a lei que exige que tenham um número mínimo de jovens aprendizes de acordo com o número total de funcionários. Geralmente são empresas maiores do município que hoje contratam mais o jovem aprendiz, que tem assegurado todos os direitos trabalhistas. Já o estagiário tem somente direito às férias, sendo que a lei fala que devem ser realizadas preferencialmente durante as férias escolares. Ambos os contratos são amparados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Para fazer frente à procura das empresas, o gerente comercial afirmou que as diretoras das escolas públicas estaduais, a escola D. Pedro II e a ETEC selecionam currículos dos seus alunos e enviam à ACI para possíveis contratações. “Existe uma boa demanda atualmente, sendo os estagiários mais procurados”, disse Pereti.
Ao ser indagado sobre o que as pessoas que estão procurando emprego devem fazer para ter mais chances de serem contratadas, Pereti afirmou que o pretendente a uma vaga de emprego deve se interessar mais por cursos profissionalizantes, quer seja presencial ou à distância. “Quem não se qualifica tem menor possibilidade de se enquadrar em vagas oferecidas no mercado de trabalho”, afirmou.
“É preciso estudar. A pessoa só com o ensino fundamental tem mais dificuldade. Quem ainda não terminou seus estudos deve procurar onde é ministrada a Educação de Jovens e Adultos (EJA), o conhecido supletivo, que algumas escolas da cidade oferecem”, explicou Pereti, adiantando que em breve haverá cursos gratuitos do Senai, do Senac e do Sebrae na cidade em parceria com a prefeitura municipal e quem puder fazer, deve. Ressaltou que estas entidades também oferecem cursos online excelentes, muitos gratuitos e que as pessoas devem fazê-lo para se capacitarem.

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