Neste domingo, dia 8, comemora-se o Dia das Mães. Para celebrar a data, a Gazeta de Vargem Grande entrevistou mães empreendedoras. Não aquelas empresárias já reconhecidas na cidade e que são casos de sucesso, mas as mulheres que precisam fazer alguma atividade para incrementar a renda em casa, especialmente em momentos de crise econômica como a que o Brasil atravessa.
O objetivo foi encontrar algumas mães que precisaram aprender ou investir em alguma habilidade para aumentar o orçamento de casa. Assim, a primeira mamãe entrevistada para esta Edição Especial foi Ana Elisa Melo, de 28 anos, que faz docinhos para vender.
Ana Elisa é mãe de um menininho de quatro anos chamado Henry. Casada com Alex Santos, ela começou a empreender em novembro de 2021. No mês seguinte, ela passou por alguns contratempos, voltando com a atividade em 2022, com ainda mais foco e dedicação.
Questionada do porque decidiu iniciar essa atividade extra com doces, Ana Elisa contou que começou porque realmente gosta. “É até meio clichê dizer isso, porém minha mãe é cozinheira. Ela foi a que mais me incentivou e eu me identifiquei com os doces por conta da decoração. Gosto dos pequenos detalhes e cada detalhe é o que faz toda diferença na produção de doces, tanto é que esse é o meu diferencial em comparação a tantas empreendedoras deste ramo”, relatou.
A empreendedora contou o que faz com o recurso que consegue com a venda dos doces. “A renda vem dos doces e volta para os doces, pois invisto em materiais, novidades e em aprimorar meus conhecimentos com novas técnicas, aprendizado e experiência”, comentou.
Conciliar a maternidade, os serviços de casa e o empreendedorismo, infelizmente não é uma tarefa fácil. “A minha maior dificuldade realmente é conciliar o serviço em casa, ser mãe e fazer os doces ao mesmo tempo. É muito cansativo. A Páscoa foi quando eu mais trabalhei, a ponto de virar a noite produzindo. Mas é gratificante tudo isso, depois de ver o trabalho pronto e a satisfação de cada cliente, eu sinto que valeu a pena todo esforço e dedicação”, pontuou.
Ana Elisa comentou o que espera para o pequeno Henry, “Para o futuro do meu filho, eu espero que ele tenha esse espírito de batalhador, que nunca desista dos sonhos dele, pois com humildade e persistência ele terá o mundo inteiro nas mãos”, finalizou.
Para contatar Ana Elisa e experimentar seus deliciosos docinhos, entre em contato pelo Instagram, no @ceanadoce, ou pelo telefone (19) 99249-9895.
Tortas de sorvete da Elisângela
Elisângela Aparecida Rezende da Silva, de 44 anos, tem quatro filhos e está empreendendo no universo das tortas de sorvete. Casada com Luís Antônio da Silva, Elisângela é mãe de Wesley Rezende, de 26 anos, Heloisa Rezende da Silva, de 18 anos, Isabela Rezende da Silva, de 16 anos, e Gabriel Rezende da Silva, de 9 anos.
Ao jornal, ela contou como decidiu fazer as tortas de sorvete. “Temos uma empresa e, para aprimorar o catálogo da sorveteria, desenvolvemos as tortas para quem está à procura de uma sobremesa diferente”, disse.
“Eu já fazia as encomendas para a família, mas como chegou o Dia das Mães, tivemos a ideia de postar para alcançar as pessoas”, completou.
A renda que vem das tortas, conforme contou a empreendedora, é totalmente investida e uma das maiores dificuldades é o local para fazer as sobremesas. “Confeccionamos as tortas no nosso local de trabalho, a sorveteria”, disse.
Elisângela contou o que espera para o futuro dos seus filhos. “Que sejam bem sucedidos conquistando seu espaço no mercado de trabalho”, finalizou.
Para encomendar tortas de sorvete, basta contatar Elisângela pelo telefone (19) 99176-2087.
Marmitas da Patrícia
Patrícia da Silva Lima, de 45 anos, é mãe solteira e tem seis filhos, sendo que alguns já estão casados. Mãe de Renan, de 30 anos, Jean, de 27 anos, Paloma, de 25 anos, Ana Carolina, de 23 anos, Alan, de 22 anos, e Andryelli, de 13 anos, ela começou a empreender no ramo de marmitas há dois anos.
Ela contou como foi este período. “Eu tinha acabado de sair de um serviço registrado por problemas familiares. O dinheiro do acerto acabou rápido e fiquei sem emprego e sem dinheiro. Aí, como eu trabalhei em restaurante, me veio a ideia de começar a fazer alguma coisa pra ter alguma renda”, disse.
“Mas não tinha dinheiro, então, uma amiga minha me emprestou R$ 90,00 e, com isso, eu comprei marmitas e comecei a fazer batata recheada. Depois paguei ela, e com um pouquinho de dinheiro que sobrou, resolvi montar uma marmita do meu almoço mesmo e postar no grupo da cidade e aí estou até hoje”, completou.
Hoje, o dinheiro que vem das marmitas, é de onde Patrícia tira o sustento. “Essa é minha renda principal e única, porque eu só trabalho com isso mesmo, fazendo as marmitas. Eu mantenho a minha casa com esse dinheiro”, contou.
Patrícia contou a principal dificuldade que enfrenta para conciliar as coisas dentro de casa. “A dificuldade, na minha opinião, é que eu cozinho sozinha, eu trabalho sozinha, então para mim, a maior dificuldade é fazer a comida, atender celular, atender portão, fazer as entregas e passar para o mototáxi. Essa é a maior dificuldade, porque na mesma hora que está devagar as vendas, de repente pode mudar tudo, então é complicado. Mas com a graça de Deus, vou levando”, disse.
“Porque eu ganho para manter a minha casa, mas não ganho para poder pagar um funcionário ainda. Mas estou tentando me organizar no máximo para dar certo”, completou.
Ela contou o que espera para os filhos. “Como já estão todos em uma idade mais avançada, acho que tudo que eu esperava deles, eles estão cumprindo agora, porque uns estão casados, outros formados, todos estão seguindo seu rumo, trabalhando. Então agora tenho só uma menor dentro de casa e quem sabe eu trabalhando ela siga o exemplo de uma mãe trabalhadeira”, comentou.
Para experimentar as deliciosas marmitas de Patrícia, basta contatá-la pelo telefone (19) 99203-8252.