Com o início das tratativas da Feira do Produtor, a Gazeta entrou em contato com a prefeitura questionando não apenas detalhes da nova iniciativa, mas também sobre a tradicional feira que é realizada todos os domingos, no Parque Industrial. A prefeitura não respondeu aos questionamentos sobre a quantidade de feirantes existentes atualmente, se esse número tem aumentado ou diminuído.
Assim, a reportagem procurou alguns feirantes e conversou com um casal que se mostrou satisfeito com o movimento aos domingos, mas que ponderou que poderia ter mais pessoas montando suas barracas no local. Camila Souza, que é feirante junto com o seu esposo Edson Souza, contou como está a Feira de Domingo atualmente.
Ela comentou que os dois trabalham na barraca de hortifruti. “Somos verdureiros e a feira atualmente está boa, nós não temos o que reclamar. Já faz 12 anos que participamos e ainda vale muito a pena fazer a feira. O movimento está bom”, disse. Camila ponderou que apesar da boa procura e da fidelidade dos clientes, a chegada de novos feirantes seria muito bem-vinda. “Uma coisa que estava precisando era entrar novos feirantes e juntar à feira, pois tem muitos pontos vazios. Hoje em dia têm umas 100 barracas e caberia mais umas 40”, avaliou.
Já um produtor, que frequenta o local, se mostrou muito insatisfeito e desanimado com a feira livre. Ao jornal, na última semana, ele relatou que faz muito tempo que não vai à feira, mas sente que os participantes estão reclamando que está diminuindo por causa do horário.
“As coisas mudaram, né? O jovem hoje que come verdura, que faz academia, ele não vai cedo na feira de domingo de manhã, ele vai no mercado durante a semana. Então tem que ter uma feira durante a semana, em lugar melhor, no Centro para o pessoal, por volta das 17h, 18h ou 19h”, ressaltou.
O comerciante Mauro Medeiros Costa, que trabalha na feira há mais de 12 anos, contou que vê pouca gente comprando e acredita que o público das feiras livres desapareceu. Ele listou o que deveria melhorar em sua opinião. “Mais apoio do prefeito com menos taxa de cobrança, melhoria para trabalhar e mais participação do público”, disse.
Para Mauro, entre as principais dificuldades estão trabalhar quando está chovendo, enfrentar a enchente que passa nas ruas da feira e os mercados abrindo de domingo o dia inteiro.
Fotos: Arquivo Pessoal