Uma doença que insiste em não ir embora

Quando a Gazeta de Vargem Grande publicou em sua manchete, na edição de 12 de novembro, que o número de novos casos de COVID preocupava as autoridades sanitárias, Vargem Grande do Sul tinha sete pacientes com a doença.
A circulação de uma nova variante Ômicron (BQ.1.1) já estava sob a mira da Secretaria de Estado da Saúde e havia causado uma morte na Capital. Em Vargem, além do Boletim Epidemiológico publicado diariamente pela prefeitura, outros indicadores também davam conta que a situação na cidade apresentaria uma piora.
Nas farmácias e laboratórios, o número de pacientes procurando os testes de detecção do SarsCov-2, o novo coronavírus, estava crescendo. Ou seja, mais casos suspeitos significam maior possibilidade de pessoas que efetivamente contraíram a doença.
E a prova veio nos últimos dias. Já são mais de 30 casos ativos em Vargem depois de meses em que esse número não passava de meia dúzia. Por mais que a maioria dos casos seja de pacientes leves, um maior número de doentes mostra que o vírus voltou a circular com intensidade e a probabilidade de contaminar uma pessoa mais debilitada ou que tenha propensão a desenvolver uma condição mais grave aumenta. Tanto que depois de meses, Vargem está com duas pessoas internadas com COVID-19.
Na região, o mesmo vem ocorrendo. Em São João da Boa Vista foi registrado um óbito em decorrência da doença depois de dois meses sem nenhuma morte por COVID.
E parte da população parece que já entendeu que as medidas de prevenção independem de determinação de governo e é possível ver o aumento do número de pessoas usando máscaras nas ruas.
Com a chegada do final do ano, confraternizações, festas, formaturas e encontros se tornam mais frequentes e a possibilidade de contágio aumenta. Para que a situação não fuja do controle, além de manter a higienização das mãos, vai se tornar cada vez mais necessário a pessoa refletir se deve ou não frequentar um lugar sem máscara e as pessoas que estiverem com sintomas também precisam começar a pensar sua responsabilidade com a saúde coletiva e optar por não ir a um evento caso esteja em dúvida sobre ter ou não a COVID-19.
São hábitos que após dois anos de muitas perdas não custa nada serem retomados para evitar a dor de mais famílias. É claro, se vacinar e manter o calendário vacinal completo segue como a melhor maneira de se proteger.

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