Área da prefeitura é ocupada no Jardim Santo Expedito

Moradores pedem que prefeitura faça praça no local. Foto: Reportagem

Discussão na Câmara gera atrito entre presidente Paulinho e vereador Fernando Corretor

Uma área institucional de 1.491,73m² localizada no Jardim Santo Expedito e que pertence à Prefeitura Municipal, foi objeto de discussão na sessão de Câmara realizada no dia 6 de dezembro, quando o presidente da Casa de Leis Paulo César da Costa, o Paulinho da Prefeitura (PSB) solicitou, através de despacho, que o tema referente às áreas verdes ocupadas do município fosse levado à Comissão de Segurança e Meio Ambiente para proceder vistorias, levantamentos, diligências e o que mais fosse necessário para ao final emitir parecer fundamentado de possíveis ocupações ilegais destas áreas.
Segundo Paulinho, teria chegado ao conhecimento da presidência da Câmara Municipal, que áreas verdes do município estariam sendo ocupadas por munícipes, provavelmente por vizinhos, que utilizam destas áreas como se fossem suas.
Ele citou que as principais áreas são uma praça do Jardim Santo Expedito e outras localizadas no Distrito Industrial José Aparecido Fonseca. “Sendo assim, entendo que medidas devem ser tomadas no âmbito do Poder Legislativo para apuração dos fatos”, argumentou aos vereadores presentes na sessão. Disse ainda que caso o presidente da Comissão de Segurança e Meio Ambiente entender como necessário, que ele deveria solicitar a participação da Comissão de Obras para apuração dos fatos.
Paulinho disse então que seu despacho seria encaminhado à Comissão presidida pelo vereador Magalhães (Republicanos), que é a Comissão do Meio Ambiente e Segurança para o parecer e depois o relatório seria encaminhado ao chefe do Executivo, o prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) para as devidas providências.

Cuidado

O vereador Fernando Corretor fez então uso da palavra e disse que era para o presidente da Câmara tomar muito cuidado. “Eu entendo que o senhor está encaminhando este despacho para o prefeito para tomar providência contra a Funilaria do Leonel, mas quero deixar claro que lá geram de 12 a 15 empregos por mês. Então precisa tomar muito cuidado para não prejudicar aquele proprietário”, falou Fernando.
O presidente Paulinho retrucou que não estava prejudicando ninguém, que em julho de 2021 teria encontrado com o prefeito Amarildo e este teria lhe dito que determinou que o departamento responsável para que o mesmo tomasse providência. “Passado um ano e meio e não tomou nenhuma. Ninguém quer o mal, o que não pode é ficar tomando posse de área que não é da pessoa. Já chega no Parque Industrial que um pegou um terreno que não tem nada a ver. Só que a irmã desse cidadão me ameaçou ontem nas redes sociais e será apurado. Hoje conversei com a esposa dele e ela entendeu”, respondeu Paulinho ao vereador Fernando.
Em seguida o presidente do Legislativo perguntou a Fernando se ele concordava em invadir área verde, o que o vereador do Republicanos respondeu que procurou o departamento de Meio Ambiente e tomou conhecimento que o terreno do Jd. Santo Expedito não é área verde e sim área de lazer.
“Não concordo de o Leonel ter invadido lá, mas olha há quantos anos que ele já está no mesmo estabelecimento gerando empregos. Não quero falar assim para o senhor, ou alguém tá querendo beneficiar alguém ali, porque eu moro naquele bairro já faz quase 10 anos e nunca ninguém me procurou para fazer nada ali, nunca ninguém pediu nada para mim. Então quero falar para o senhor, respeito o senhor, mas toma muito cuidado porque são 12 famílias que trabalham lá, então vai com calma para não prejudicar pessoas que realmente trabalham”, afirmou Fernando.
A discussão descambou com Paulinho dizendo que então ia convocar todo mundo para invadir as praças da cidade. “Vamos invadir a Praça Capitão João Pinto Fontão e todas as outras praças”, bradou o presidente da Câmara, com o vereador Fernando retrucando com ironia que o presidente Paulinho tinha muita coisa para fiscalizar na cidade.
A reportagem da Gazeta de Vargem Grande esteve no local e constatou que na área institucional do bairro, cujo loteamento foi aprovado em 2005, com um total de 274 lotes e que fica perto dos bairros localizados junto às Cohabs, Jardim Primavera e Jardim Paulista, de fato teve sua área institucional, que é para a prefeitura construir escolas, creches, postinhos de saúde ou outro prédio público, teve parte separada com um muro de placas de madeira e o proprietário da funilaria utilizando a área para estacionar veículos.
Alguns moradores ouvidos pelo jornal, disseram que o local está abandonado pelo poder público municipal e que se mantém limpo graças à atitude de alguns moradores vizinhos que cuidam do terreno, capinam e plantam algumas árvores. Eles não concordam que a área seja ocupada por terceiros e pedem que no local seja feita uma pracinha pela prefeitura para que todos os moradores possam usufruir da mesma.

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