Crise do Hospital: Prefeito diz que vai aguardar até o final do mês

Com o provedor Jair Gabricho dizendo que não tem mais intenção de continuar no cargo, que termina dia 31 de dezembro, depois de ficar dois anos à frente do Hospital de Caridade e que avisou o prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) com antecedência sobre a situação e como ninguém montou chapa para disputar as eleições deste ano, marcadas para acontecer na última segunda-feira, dia 12, a crise está instalada no principal órgão que cuida da saúde dos vargengrandenses e tudo indica que o prefeito Amarildo Duzi Moraes vai ter que assumir a condução do processo.
A reportagem do jornal Gazeta de Vargem Grande tentou entrevistar o prefeito a respeito esta semana, mas a chefe de Gabinete, Rosângela de Mello, disse que levou o assunto ao Chefe do Executivo e este afirmou que tem que esperar até o final do ano para ver se ninguém vai se prontificar a assumir a provedoria do Hospital. O prefeito disse que vai aguardar e, se acaso não tiver nenhuma chapa, em janeiro ele se pronuncia sobre essa questão. Ele disse que não adiantaria ele se pronunciar agora, sendo que até o fim do mês pode ter alguém.

Crise se repete
Em dezembro de 2020, o Hospital de Caridade viveu a mesma crise que se avizinha agora. Segundo matéria publicada pelo jornal Gazeta de Vargem Grande, na ocasião a Mesa Diretora do Hospital de Caridade, cujo provedor até o dia 31 de dezembro de 2020 era o empresário Wagner Vilela Cipola, atendendo ao pedido do prefeito Amarildo permaneceu até o dia 31 de janeiro daquele ano enquanto procurava-se uma solução para a direção da entidade.
Conforme já havia sido relatado pelo jornal, a direção do Hospital teve seu mandato encerrado no dia 31 de dezembro de 2020 e como não houve chapa para concorrer a uma nova eleição, desde o dia 1º de janeiro o Hospital permanecia sem direção. Também os membros do Conselho Deliberativo, que era presidido por Cássio Abrahão Dutra e o Conselho Fiscal, presidido na época por Aparecido Giácomo Ranzani, já falecido, assumiram o compromisso de continuar até o final de janeiro de 2021.
Naquele ano, a crise envolvendo a direção do Hospital de Caridade foi amplamente divulgada pela Gazeta de Vargem Grande na edição do dia 30 de dezembro e também no site do jornal, alertando a população e as autoridades para o problema. Conforme a matéria publicada, a Mesa Diretora enviou ofício ao prefeito Amarildo no dia 14 de dezembro de 2020, solicitando que ele indicasse um interventor para a entidade, uma vez que não houve interessados em montar uma nova diretoria e de acordo com o estatuto, o Hospital ficaria sem direção a partir do dia 1º de janeiro e caberia ao prefeito indicar o novo provedor.
O prefeito questionou o ofício, fazendo várias considerações, argumentando a princípio que por se tratar de um estatuto, não haveria força de lei para que ele nomeasse um interventor, sem documentos comprobatórios do que era alegado pelo Hospital ao solicitar que o prefeito interviesse na instituição.
O vice-provedor do Hospital na ocasião, o empresário Wilson Secco, respondeu através de ofício ao prefeito todos os questionamentos feitos, rebatendo as argumentações apresentadas pelo chefe do Executivo em seis páginas contidas no ofício datado do dia 23 de dezembro. No final, Wilson Secco afirma que a solução para os problemas do Hospital estaria nas mãos do Executivo Municipal mediante a nomeação de um interventor.
Na quarta-feira passada, dia 31, em reposta às indagações formuladas pelo jornal, o prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) depois da repercussão do caso, disse que se fosse necessário, ele faria a intervenção para que o atendimento no Hospital não fosse prejudicado. “Entretanto, a provedoria do Hospital precisa cumprir pequenos aspectos formais para que seja possível essa intervenção. Estamos em contato com a provedoria do Hospital objetivando essas adequações”, informou o prefeito à Gazeta de Vargem Grande.

Direção da entidade e prefeito se reuniram
Na segunda-feira, dia 4 de janeiro de 2021, o prefeito Amarildo Duzi Moraes reuniu-se no seu gabinete com os representantes da Mesa Diretora do Hospital para juntos buscarem uma solução. Além do prefeito, o jornal apurou que também participou da reunião o vice-prefeito Celso Ribeiro (Podemos), o provedor Wagner Cipola, o vice-provedor Wilson Secco, o presidente do Conselho Deliberativo Cássio Abrahão Dutra, o diretor administrativo do Hospital, Assis Mazuco Manoel e o advogado da entidade, Antônio Carlos do Patrocínio Rodrigues.
Segundo o jornal foi informado, atendendo a pedido do prefeito, a direção do Hospital se comprometeu em ficar provisoriamente até o dia 31 de janeiro, enquanto se buscava uma solução para o problema. O empresário Jair Gabricho foi então convidado a assumir a provedoria e aceitou o cargo, exercendo-o por dois anos, que terminam agora no dia 31 de dezembro de 2022 e não quer mais continuar como provedor.

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