Mulheres que educam

Normalistas no final do século XIX. Foto: Arquivo: Colégio Caetano de Campos

Nesta edição, a Gazeta de Vargem Grande celebra o Dia Internacional das Mulheres. Uma data que ganha ainda mais força na atualidade, pois ainda que se tenha um grande avanço na igualdade de direitos, mulheres seguem ganhando menos que os homes ao ocuparem o mesmo cargo, ainda possuem menor representatividade no Congresso e são vítimas constantes de violência doméstica e sexual. Celebrar o Dia Internacional das Mulheres é valorizar cada mulher, celebrar os direitos conquistados após muita luta e conscientizar a sociedade que ainda há um caminho grande a seguir até a igualdade de gêneros. Um caminho que pode ser melhor percorrido com a conscientização e o investimento em educação da população. E curiosamente, a educação é uma área onde as mulheres são a maioria absoluta. Dados do Ministério da Educação (MEC) apontam que as mulheres representam 96,4% na educação infantil, 88,1% nos anos iniciais do fundamental e 66,8% em seus anos finais. Além de 57,8% do total de docentes no ensino médio. Já no ensino superior, mulheres são 72,8% dos estudantes e caminham para uma igualdade na docência, somando 46,8% dos professores universitários. Culturalmente, as mulheres foram direcionadas para esta área. Até poucas décadas atrás era uma das únicas profissões socialmente aceitas para o público feminino. O pensamento de que as mulheres naturalmente tendem a cuidar das pessoas é uma das bases dessa construção. No Brasil, ser mulher é ter de enfrentar diariamente o machismo velado da sociedade. E ser professor é exercer uma profissão tão pouco valorizada, embora de extrema importância. A má remuneração de uma profissão, que em sua base é exercida majoritariamente por mulheres não deve ser um acaso, afinal. Na reportagem especial que a Gazeta faz essa semana sobre mulheres que educam, o jornal trouxe relatos de professoras de Vargem em diferentes ciclos da Educação e procurou abordar os desafios de ser uma mulher que educa. Eles não são poucos e são inerentes tanto à vida da mulher e sua jornada tripla como profissional, no cuidado da casa, como esposa e mãe e quanto à profissão em si, como os salários baixos, quantidade de alunos nas salas, falta de interesse dos estudantes, entre outros. Valorizar o papel da mulher na comunidade, valorizar o papel da professora, da mulher que educa, é essencial para que a sociedade evolua de maneira menos desigual, mais respeitosa e mais fraterna.

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