Entenda o processo seletivo dos jovens no Estrela

Rogéria e Luiz Vagner são responsáveis pelo processo seletivo. Foto: Reportagem

A equipe que cuida da inserção dos jovens no Supermercado Estrela por meio do programa Jovem Aprendiz ou então por estágios, explicou à Gazeta de Vargem Grande como funciona o processo.
Rogéria Cristina Bortoluci, que está na empresa há 31 anos, é responsável por entrevistar os jovens e contou ao jornal o que é analisado nesta etapa. “Pegamos os currículos que trazem aqui ou com o Pereti, que está à par das escolas, ligamos para a pessoa para ver se ela tem interesse, analisando a idade e se estuda. Na entrevista, vemos a postura, se ela de fato tem interesse, o jeito dela se comportar, como ela se comunica e como estamos no comércio há muito tempo, conseguimos analisar como ela vai se sair e ficamos com quem tem o perfil que combina mais com a empresa. E é muito difícil errarmos, pois colocamos tudo na balança, conversamos, e conseguimos ver quando a pessoa tem interesse e quando ela só quer trabalhar”, explicou.


Rogéria informou que as vagas aparecem durante o ano. Ela contou que os jovens iniciam sempre no pacote, pois é um local que conseguem conciliar o horário com a escola. “De lá, vemos se ele se sai bem, se desenvolve e, conforme o desempenho dele no dia a dia, efetivamos. Vamos encaixando a pessoa aonde ela vai se enquadrando”, comentou.
Conforme informou, ela sempre diz às jovens que ali é a porta de entrada para todo o futuro delas, para futuros empregos, pois aqui passa donos de outras empresas e, conforme elas atendem, cativam outros serviços. “Sempre digo para darem o melhor de si, sejam simpáticas, educadas, prestativas, pois essa é a porta de entrada. Já tivemos pessoas que passaram por aqui e hoje fizeram faculdade e são gerentes de bancos. O primeiro emprego é difícil mesmo, mas estamos aqui para lapidar e depois deixar voar. Para nós, é muito prazeroso ver que estão expandindo, que valeu a pena, é que como pai e mãe: seguramos pela mão e fazemos caminhar”, completou.


Rogéria aconselhou aos jovens. “Acho que os jovens precisam procurar, sempre que chega alguém aqui, peço para procurar o Pereti, pois ele tem várias empresas que podem precisar. Aconselho eles a não desanimarem, pois há muitos jovens procurando, e às vezes na primeira não dá certo, mas o mercado está aí e uma hora ou outra dá certo. E eles precisam trabalhar, eles têm sonhos, vontade de ter as coisas, e hoje no mundo que vivemos eles precisam ter a vida deles, o salário deles, então não pode desanimar”, disse.
“É preciso ter responsabilidades, aqui eles têm, mostramos aos jovens que a vida não é um mar de rosa, que é preciso ter muito jogo de cintura, e aprende mesmo. Eu sempre falo que aqui sai pronto para o mercado de trabalho, lidar com pessoas não é fácil também. Aqui é um teste, se passou, está pronto para o mundo”, finalizou.

Integração
Luiz Vagner Cardoso, que está na empresa há 11 anos, cuida da parte de integração dos jovens e comunicação com as outras empresas. Ele explicou como funciona essa etapa, que é quando os jovens já estão no time.
“Esse trabalho é bem legal, é a parte técnica, como estão iniciando agora, chegam aqui sem conhecimento nenhum, e vamos ensinando, lapidando. Tem alguns que chegam sem saber o que precisam entregar de documento, como são menores de idade, os pais precisam assinar os documentos. É carteira de trabalho ou outros documentos que às vezes eles não têm e ensinamos onde podem procurar, buscando legalizar, às vezes, os jovens não sabem da obrigatoriedade de algum documento e ensinamos. É uma forma bem legal de ensinar o caminho correto, no futuro eles já têm tudo pronto para o mercado de trabalho”, informou.


“É fomentar talentos. E é bacana, pois a empresa dá a oportunidade e muita gente de fato fica por aqui. Você entra como estagiário ou aprendiz, depois pode ficar como operador de caixa ou outras funções. Uma das primeiras aprendizes que tivemos está aqui hoje como operador de caixa, os jovens têm oportunidade de crescer na empresa”, completou.
Luiz Vagner pontuou que o legal é que os jovens têm responsabilidades na empresa. “Eles não chegam apenas para arquivar papéis, como acontece em alguns locais que não delegam serviços. Nós fazemos isso de uma forma bacana, os jovens desenvolvem e aprendem a ter responsabilidades”, disse.

Aprendizagem
Para Guilherme Ferri, gerente administrativo do Supermercado Estrela, a questão é que na formação acadêmica, a pessoa sai com a bagagem técnica básica para desbravar o mundo, o que é essencial. Porém, o que a faz subir na carreira é o chamado soft skills, que são os padrões comportamentais.
“É a questão do jogo de cintura, resiliência para nunca desistir, porque você vai escutar muito mais não do que sim na vida, e na faculdade o máximo que você pode escutar de não são notas baixas, mas às vezes estuda um pouco mais e consegue. Na vida profissional, é um pouco mais diferente, o mercado de trabalho é mais complicado, você tem n fatores, não é só uma nota que vai fazer você ser aprovado ou não naquilo que você está sendo avaliado”, disse.


“Então, no primeiro emprego, independente de onde começa, você entender como trabalha com os seus pares humanos e não com a parte técnica é o que vai fazer você desenvolver. A parte de relacionamento, de formação de caráter e formação ética você vai conseguir somente dentro de uma empresa e trabalhando com profissionais e na outra ponta os clientes”, finalizou.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário
Por favor insira seu nome aqui