Em duas semanas, o número de casos de dengue confirmados em Vargem Grande do Sul quadruplicou. Até esta quinta-feira, dia 27, a cidade registrou 52 casos de dengue e 140 notificações, onde 88 delas deram negativo para a doença. No entanto, há duas semanas, até o dia 12 deste mês, a cidade somava apenas 13 casos de dengue e 34 notificações.
Informações da Prefeitura Municipal dão conta de que em janeiro uma pessoa foi notificada com a doença, mas o caso deu negativo. Em fevereiro, houve cinco notificações, todas negativas. Em março, a situação começou a mudar, onde 17 casos foram notificados e seis deles foram positivos.
Em abril, no entanto, 117 pessoas foram notificadas e 46 testaram positivo para a doença. Com o acréscimo de casos, o Departamento de Saúde e a Vigilância Sanitária e Epidemiológica iniciarão o mutirão e arrastão contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya e febre amarela, nesta terça-feira, dia 2 de maio.
O mutirão segue até o dia 16, percorrendo todos os bairros da cidade conforme o cronograma da Prefeitura Municipal. O Departamento de Saúde pede aos moradores que deixem os materiais que possam acumular água nas calçadas de suas casas.
Conforme o informado, o material deve ser colocado somente um dia antes do caminhão passar. Não serão recolhidos restos de material de construção, folhagens e restos de poda de árvore.
“Durante esse período, as equipes de agentes comunitários junto com o caminhão passarão recolhendo esses materiais e orientando os moradores no combate ao mosquito. Os materiais são todos aqueles que não servem mais para uso e podem acumular água, como pneus, garrafas, móveis quebrados, entre outros”, disse.
A prefeitura ressaltou que é importante manter os terrenos sempre limpos, sem nenhum tipo de material que possa acumular água e servir de criadouro para o mosquito. Além disso, manter os terrenos limpos também colabora para a não aparição de escorpiões.
Além da limpeza dos terrenos e descarte dos materiais inutilizáveis, a prefeitura pontuou que é importante manter as lixeiras sempre fechadas e o lixo dentro de um saco plástico, além de cuidar dos vasos de plantas que possuem pratinhos, para que não acumulem água, por isso, é importante furá-los, para que a água escoa, ou enchê-los de areia.
Conforme o explicado, é importante também não deixar água da chuva parada sobre a laje, tampar tonéis, caixas d’água, ou qualquer vasilhame que contenha água e lavar com frequência os potes de água dos animais de estimação.
Cronograma
Na terça-feira, dia 2, o mutirão passará pelo Jardim Santa Marta, Jardim São Cristóvão, Jardim Dolores e Parque Industrial. Na quarta-feira, dia 3, pelo Jardim São José, Jardim Dolores, Cohab 3, Jardim Ferri, Jardim Lago I e II, e Jardim Cristina II.
Na quinta-feira, dia 4, haverá mutirão no Jardim Novo Mundo, no Jardim Paulista, na Cohab 1, no Jardim Cristina 1 e Jardim Canaã. Já na sexta-feira, dia 5, o mutirão será no Jardim Primavera, no Jardim Santo Hélcio, nas Cohab 4, 5 e 6, no Jardim Santo Expedito e na Vila Esperança.
Na próxima semana, na segunda-feira, dia 8, o mutirão será realizado na Vila Santa Terezinha, na Chácara Vargem Grande, no Jardim Paraíso II e no Jardim Iracema. Na terça-feira, dia 9, o mutirão passará na Vila Santana, no Jardim América, no Jardim Paraíso I e Nossa Senhora Aparecida.
Na quarta-feira, dia 10, será na Vila Santana, no Jardim São Luiz, no Jardim São Joaquim, no Jardim Itália e no Jardim Plaza de Espanã. Na quinta-feira, dia 11, o mutirão passará no Centro, no Jardim Pacaembu, no Jardim Morumbi e no Jardim São Paulo II. Na sexta-feira, dia 12, haverá mutirão no Centro, no Jardim São Paulo e no Jardim Santa Cândida.
Na outra semana, no dia 15, segunda-feira, o mutirão passará no Jardim São Lucas, Jardim Bela Vista, na Vila Polar, no Jardim Santa Luzia e no Jardim Manacás. No dia 16, terça-feira, passará no Jardim Fortaleza, Jardim Redentor, Jardim Petúnia, Jardim Verona, Jardim Colina e Cohab 2.
A doença
Os sintomas mais comuns da dengue são dores de cabeça, dor nos olhos, febre alta (muitas vezes passando dos 40º), dor nos músculos, nas juntas e atrás dos olhos, manchas vermelhas por todo o corpo, falta de apetite, fraqueza, coceira e, em alguns casos, sangramento da gengiva e do nariz.
A diferença para a dengue hemorrágica é pode haver também confusão mental, agitação ou insônia, perda de consciência, sangramento na boca, nas gengivas e nariz, boca seca e muita sede; dificuldade de respiração, fortes dores abdominais e vômitos intensos, pele pálida, fria e úmida, e pulso fraco.
No caso de sentir os sintomas, o Departamento de Saúde recomenda que a população procure o médico mais próximo da sua residência. Se o caso der positivo, segundo o informado, a Vigilância Sanitária irá fazer todo o trabalho de bloqueio para evitar o avanço e contaminação da doença.
Últimos anos
O número de casos confirmados de dengue em Vargem mostra um acréscimo considerável em relação aos dois últimos anos, uma vez que 52 pessoas já foram confirmadas e a cidade registrou 140 notificações.
Em 2022, no entanto, houve apenas 17 notificações e oito pessoas testaram positivo para a doença. Em 2021, 60 pessoas foram diagnosticadas com a doença. Em 2020, no entanto, a cidade chegou a 60 casos ainda em abril e, durante todo o ano, foram 208 casos positivos.
Já em 2019, a cidade sofreu uma forte epidemia, com 436 casos de dengue, chegando à marca de 200 casos ainda em maio.