Obras atrasadas chamam atenção

Símbolo de uma obra que se arrasta há muito tempo é a reforma do Clube III Vilas. Foto: Reportagem

Quem anda pelas ruas de Vargem Grande do Sul constata que o poder público municipal está presente em várias obras em andamento na cidade. A Vila Santana é um exemplo, com máquinas asfaltando o bairro todo, trabalhadores colocando os novos encanamentos de água. O mesmo acontece em vários bairros da cidade onde a prefeitura constrói novos equipamentos públicos para atender a população.
No início deste ano, o prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) deu uma entrevista ao jornal Gazeta de Vargem Grande e listou cerca de 30 obras em andamento, como a reforma do PPA, a escola Flávio Iared, a creche do Jd. Paraíso e a troca de tubulações da Vila Santana. Lembrou também que quando ele assumiu logo depois do ex-prefeito Celso Itaroti (PTB), “a prefeitura tinha meia obra em andamento, que era o SASP, que tinha poucos pedreiros e sem material para trabalhar. Essa mesma obra eu havia iniciado no primeiro mandato”.
Para este ano, o prefeito disse na reportagem publicada no dia 7 de janeiro, que iria priorizar as obras em andamento, pretendendo finalizá-las em 2023 e começar cerca de 20 novas obras.
Mas, tem obras na cidade que se arrastam há vários anos e a reportagem do jornal procurou se informar para saber o que acontece com estas construções, como é o caso por exemplo da escola Flávio Iared, localizada no Jd. Fortaleza, iniciada no final da primeira gestão de Amarildo, em 2012 e projetada para ser a maior escola do município, foi paralisada durante a gestão de Celso Itaroti em 2013 e só agora, após mais de 10 anos, deverá ser entregue à população.
No caso da presente construção da escola Flávio Iared, quatro anos foram perdidos por puro capricho político de um administrador que não segue a obra deixada por seu antecessor.
Outros fatores, porém, se juntam às questões políticas e levam ao atraso das obras. A reforma do Posto de Pronto Atendimento (PPA) também está tomando um longo tempo. Ela teve início em julho de 2020 e já vai completar três anos e deve demorar ainda alguns meses até ser entregue à população.
A explicação dada pela prefeitura em agosto de 2021, conforme reportagem do jornal Gazeta de Vargem Grande, é que o aumento do valor dos materiais devido à pandemia da Covid, não permitiu à empresa vencedora da licitação continuar com a obra, como não houve acordo, foi feita a rescisão do contrato e nova licitação foi feita, o que leva a enormes atrasos.
Também por ser reforma, novos problemas foram sendo levantados na construção antiga e para adequá-los, novo projeto e nova planilha orçamentária tiveram de ser feitas, contribuindo com o atraso. Com a nova licitação, a empresa que ganhou está tocando a obra do PPA que começa a dar sinais que logo será finalizada.
Uma obra que pode ser considerada a mais antiga em reforma e que está praticamente abandonada, é a do Clube Três Vilas, localizado na Vila Santana. Não se sabe quando a mesma teve início e nem a previsão da sua continuação ou término. Sem a devida participação dos moradores do bairro ou dos vereadores, a sua conclusão deve passar mais outras administrações municipais.
Algumas obras não tem tanta urgência e vão sendo tocadas conforme as finanças da prefeitura. É o que acontece com a reforma do Clube Vargengrandense, que praticamente é um novo projeto. Incorporado ao patrimônio municipal em 2018, o prédio do Clube Vargengrandense começou a ser reformado em 2019. No local, será instalada a sede do Centro de Convivência do Idoso (CCI) “Haydeé e Antônio Longuini Neto”. A reforma não foi empreitada e segue com trabalhadores da prefeitura municipal.
Está em fase mais adiantada, mas vai demorar ainda alguns meses para poder ser inaugurada e entregue aos seus usuários, uma classe social que cresce a cada dia, os idosos e merece uma atenção especial do poder público municipal.
Outra obra que não é urgente, mas carece de atenção, é a reforma da fonte luminosa da Praça Capitão João Pinto Fontão. A revitalização da praça começou em março de 2020 com a implantação de projeto elétrico, hidráulico e de paisagismo, que já estão prontos. A reforma da fonte também foi iniciada, mas seu alto custo, projetado em torno de R$ 600 mil, praticamente impediu a continuação da mesma, até que a prefeitura tenha caixa ou consiga uma verba junto ao governo.

Prestes a ser inaugurada, questões políticas atrasaram a construção da maior escola da cidade, a escola Flávio Iared. Foto: Arquivo Gazeta

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário
Por favor insira seu nome aqui