Mães de primeira viagem: os desafios e as delícias do processo

Na foto, Marcela com o filho Lucas e o marido Vinicius. Foto: Arquivo Pessoal

Uma das datas mais celebradas em todo mundo, o Dia das Mães passou a ser comemorado no Brasil sob influência americana em 1918 e foi oficializado pelo presidente Getúlio Vargas em 1932, mas desde a Grécia Antiga as mães já eram homenageadas.
A primeira pessoa que uma criança tem contato é sua mãe, que é de extrema importância para a formação do filho. A missão de ser mãe se inicia no princípio da gravidez e não tem fim, sendo um desafio e tanto para as mamães de primeira viagem, que precisam aprender a lidar com as dificuldades da criação do filho e também com as expectativas do mundo e de si mesmo para que sejam uma boa mãe. Tudo isso unido à necessidade de se fazer presente em todos os momentos da vida do bebê, acolher, amar, alimentar, educar e ainda preparar o filho para a vida que o espera.


Os filhos podem crescer, sair de casa, voltar, formar suas famílias, mas mãe é para sempre mãe. E isso, ao mesmo tempo em que é uma delícia, é um tanto quanto assustador para as mães que acabaram de ter o seu bebê, que diariamente reaprendem a viver também como mulheres, esposas, namoradas, trabalhadoras, empreendedoras, amigas e filhas.
A Gazeta de Vargem Grande entrevistou a mãe de primeira viagem Marcela Gonçalves Expósito Cossi, de 27 anos, que deu à luz a Lucas Expósito Cossi há quase 6 meses.


A descoberta da gravidez para ela foi um susto, uma vez que ser mãe agora não estava nos seus planos. “Fiquei um pouco apavorada com tudo que estava me esperando pela frente. Só que nada é como a gente planeja e sim como Deus quer, ele já tem nossa história escrita”, disse.
O processo da gravidez, no entanto, mesmo com as preocupações naturais, foi bem tranquilo. “Foi muito melhor que o esperado por todos, apesar de todos os riscos que tinha, foi um sucesso, passei super bem, não tive complicações, a não ser no finalzinho, só que nada grave. Eu curti cada momento com ele dentro de mim, amava os chutinhos dele”, comentou.


“As preocupações era se eu seria uma boa mãe, se eu daria conta, se eu saberia cuidar de outro ser vivo, eram muitos questionamentos internos. Acho que todas as mães de primeira viagem passam por isso. Só que a gente dá conta sim, é nosso, é uma parte nossa. É difícil, claro, mas cada fase é incrível, cada ultrassom era uma emoção diferente, a expectativa de ver o rostinho, de imaginar com quem se parece. Criamos expectativas e elas se superam diariamente, é tudo muito melhor do que esperamos”, completou.
Para Marcela, ser mãe é um desafio constante. “É tudo muito novo tanto pra mim quanto pro Lucas, apesar de ouvir conselhos e sempre ter convivido com crianças, a partir do momento que você tem um filho é tudo diferente, a responsabilidade é sua, a criação, alimentação e a educação dele depende única e exclusivamente de você”, pontuou.


“Os momentos mais difíceis até agora pra mim foram as noites mal dormidas, as cólicas, as reações das vacinas. E também os choros, que no começo a gente não sabe o porquê e temos que descobrir como mágica”, relembrou.
A mamãe contou os melhores momentos da maternidade, que fazem ver que tudo valeu a pena. “Os melhores momentos pra mim é durante a amamentação e quando ele sorri ou faz alguma gracinha. As risadas e o carinho no olhar dele acalmam o coração em todas as situações. Ver o quanto ele é sorridente, alegre e bonzinho é gratificante. É gratificante depois de uma noite em claro, ver o sorriso e ouvir os gritinhos dele brincando. Todo o cansaço praticamente desaparece”, relatou.

Ao jornal, Marcela comentou que aprendeu o respeito e honestidade com sua mãe e que quer muito passar esses ensinamentos ao Lucas. “Quero que ele respeite a todos e que seja honesto. Porque uma das bases mais importantes que a gente precisa na vida é o respeito e a honestidade, isso te leva a lugares incríveis”, disse.
O sonho para o futuro do garotinho que ainda é um bebê, são inúmeros. “Eu espero que no futuro meu filho seja uma criança inteligente, saudável, esperta e muito feliz. Para um futuro mais distante, espero que ele seja um homem íntegro, educado e que ele conquiste tudo aquilo que almejar”, disse.


Conciliar maternidade, trabalho, casa e casamento, de fato não é tão simples quanto parece, mas a mãe Marcela contou ser possível. “O começo de toda mudança é complicado, a gente precisa respeitar o nosso momento e dar um passo de cada vez. Nem tudo são flores todos os dias, só que no final tudo se ajeita e dá certo”, comentou.
“As creches e escolas estão aí para ajudar as mães a voltarem ao trabalho, é bom para a mãe e também para a criança desenvolver. E tem o principal: a família, que sempre está presente em todos os processos. Para voltar a trabalhar contei com a ajuda da minha mãe e minhas irmãs e espero ter a ajuda delas e demais familiares em todas as fases da vida do Lucas. A família é a base mais importante da vida de uma criança e essa é uma das lições que quero passar pro meu filho”, completou.


Para Marcela, ter um filho é a melhor coisa que aconteceu em sua vida. “Um dia eu ouvi que a partir do momento que entramos no hospital para ter nosso filho, nunca mais saímos a mesma. E isso é muito real, eu não reconheço a Marcela que entrou no hospital grávida. E de todas as versões que existem em uma pessoa, ser mãe com toda certeza é a minha melhor versão. Eu nunca imaginei que ia amar tanto ser mãe, que ter um filho ia me completar da maneira que me completa. Ter um filho é a melhor coisa que me aconteceu”, finalizou.

Apesar dos desafios, Marcela acredita que ser mãe foi a melhor coisa que aconteceu. Foto: Arquivo Pessoal

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