Antônio Geraldo Figueiredo Ferreira

Escritor da região é uma das sensações da Moderna Literatura Brasileira

Sérgio A. Scacabarrozzi – Casa Branca (SP)

Quando publicou “as visitas que hoje estamos” (Iluminuras, 2012), seu romance de estreia, Antonio Geraldo Figueiredo Ferreira chamou a atenção da crítica para a radicalidade de uma escritura esteticamente inovadora, trazendo hálito novo a uma literatura brasileira contaminada por vozes requentadas, fatigada pelo mais do mesmo. Obra de profunda imersão na condição humana ao esmiuçar seus dilemas e contradições, trouxe um sopro de subversão e renovação formal ao extrapolar as fronteiras entre gêneros e realizar um recorte dos subterfúgios, mazelas, existências apequenadas e diatribes de uma cidade do interior.
Após conquistar um espaço diferenciado no cenário das nossas letras, o autor retoma aquela trilha visceral de experimentalismo da linguagem com a publicação de “siameses” (Kotter Editorial, Curitiba, 1336 páginas), obra caudalosa e de fôlego, dividida em dois volumes, fruto de uma dedicação de ourives nesse projeto que foi contemplado com o apoio do prêmio “Rumos”, do Itaú Cultural. (Jornal Opção 6/3/2022)

Nascido em Mococa-SP e radicado, desde o início dos anos 1990, na vizinha e pequena Arceburgo-MG, o escritor Antonio Geraldo Figueiredo Ferreira tornou-se, desde que publicou seu primeiro romance, com uma prosa inovadora, uma das revelações da atual literatura praticada no Brasil. Seu livro foi recebido pela crítica com todas as menções favoráveis necessárias para que o autor passasse a fazer parte do grupo seleto dos bons prosadores do país, coisa que não é pra qualquer um, num oceano de escritores que surge a cada minuto em nosso imenso território, mercê da facilidade existente nos dias atuais para se publicar qualquer coisa, independente da qualidade.
Recentemente, Antonio Geraldo recebeu, da Fundação Biblioteca Nacional, o Prêmio Machado de Assis, pelo melhor romance de 2022, com o estupendo Siameses, comprovando que o sucesso do seu primeiro romance, de 2012, não foi em vão e que o escritor realmente faz diferença na atual literatura nacional.
Tive a grata satisfação de visitar Antonio Geraldo e sua esposa, Ana, na deliciosa (e inusitada) residência no centro de Arceburgo, na manhã do dia 27 de janeiro. Ali, entre incontáveis objetos de arte, artesanato e livros, muitos, muitos livros, observei o cenário onde o talentoso escritor trabalha e produz a sua literatura. A imensa biblioteca, uma construção anexa à casa, é o oásis que fornece a ele todos os alimentos necessários à sua sobrevivência literária. Livros de arte, literatura brasileira e mundial, poesia, romances, história, biografias, quadrinhos, a diversidade é incalculável e o visitante, num dia apenas, não é capaz de assimilar tudo o que vê nas paredes, sobre as mesas e nas prateleiras.
Além de compartilhar o modo de trabalhar em seus livros, alguns ainda inéditos, Antonio Geraldo contou que dedicou mais de oito anos para elaborar Siameses. Somados os dois romances, também publicou os livros de poemas Peixe e míngua (2003) e Eu, morto (2020), e o infantil O amor pega feito um bocejo (2014).
Os livros de Antonio Geraldo, exceto o primeiro, Peixe e míngua, estão no catálogo das editoras e podem ser encontrados com facilidade nos sites da Iluminuras, Kotter Editorial e Companhia das Letras, e sites de vendas como Amazon. Aqueles que desejam tomar contato com a boa literatura do Brasil, não deixem de ter esse contato com a escrita de Antonio Geraldo. Com certeza, será uma experiência ímpar.
Antonio Geraldo Figueiredo Ferreira é professor de redação para vestibular e os interessados podem fazer contato diretamente com ele pelo WhatsApp (19) 9 9775-8411.

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