Em Vargem Grande do Sul, o mecânico Jonatas de Oliveira, 28 anos, é um entusiasta desta modalidade e possui três carros com a suspensão modificada
A arte de rebaixar carros
Quem não presta atenção quando vê um carro super rebaixado andando pelas ruas da cidade? De fato, ter um carro rebaixado é um destaque e um gosto que muitos motoristas possuem.
Há também as pessoas que não gostam destas intervenções e não aprovam muito quando um carro rebaixado passa por uma lombada mais elevada e o motorista tem de fazer um certo malabarismo para superá-la.
Em Vargem Grande do Sul, o mecânico Jonatas de Oliveira, 28 anos, é um entusiasta desta modalidade e possui três carros com a suspensão modificada. Proprietário da oficina mecânica Jhoninha Suspensões, na Av. Manoel Gomes Casaca, nº 370, ele é mecânico há oito anos e deu uma entrevista especial para a edição especial do Guia do Motorista 2023 que a Gazeta de Vargem Grande editou.
Jonatas desde jovem gosta de carros rebaixados e sua oficina é especializada em suspensões, freios, escapamentos esportivos, tudo com uma ‘pegada’ mais voltada para o rebaixamento dos veículos.
O primeiro carro rebaixado que Jonatas possuiu foi um Gol Quadrado, ano 91-GL. Ele mesmo mexeu no veículo, adaptando a suspensão. Nestes anos todos, o mecânico teve vários outros carros, sempre rebaixando os mesmos.
Explicou que basicamente trabalha a suspensão, tornando-a menor, mas afirma que não é um trabalho simples, tipo ‘só arrancar as molas e trocar’.
“Tem de ter um projeto, que envolve levantamento do assoalho, caixa de rodas modificada para poder caber uma roda maior, levantar o motor, toda a estrutura”, afirmou.
Atualmente Jonatas está executando o serviço em um carro Volkswagen Santana, ano 2.000, cor prata, de sua propriedade. É um carro especial onde ele disse que já investiu cerca de R$ 40 mil, em toda a transformação que fez até agora.
“Por dentro é todo de couro, bancos elétricos, fiz a tapeçaria das portas e o carpete novo, o carro está completinho, funcionando tudo”, gabou-se Jonatas. Prosseguiu dizendo que a suspensão do Santana é pneumática, tudo individual, tem escapamento esportivo no para-choque dianteiro, iluminação toda de led, roda aro 18 (lançamento), e que hoje o veículo está avaliado em R$ 60 mil. Se fosse original, o mesmo modelo sem nenhuma intervenção custaria algo em torno de R$ 20 mil, explicou. “É um hobby que não é muito barato”, afirmou.
Ele acredita que existem hoje mais de mil carros rebaixados na cidade, uns mais baixos, outros mais altos, cada um com seu projeto, mas igual ao seu Santana, não tem nenhum. “Este é o veículo mais rebaixado de nossa cidade”, afirmou.
Seu Santana é considerado de rebaixamento extremo, um Projeto 0,0mm, que significa “zerou no chão”, mas ele acredita que dá para rebaixar ainda mais, cerca de mais 2cm, para seu carro ‘negativar mais’, colar de fato no chão.