Reinaldo Ricchi Jr.
A dependência dos smartphones talvez seja uma das principais características do nosso tempo, pois ela impactou praticamente todos os setores da sociedade. Especialmente na Educação, esse fenômeno merece especial atenção, pois pesquisas mostram que a qualidade da formação profissional dos jovens pode ser profundamente prejudicada se a dependência, muitas vezes inconsciente, dos smartphones não for controlada. A distração tem poder suficiente até mesmo para influenciar diretamente no processo psíquico de aprendizagem. Por outro lado, se utilizados com disciplina, consciência e metodologia, os smartphones podem, também, ser uma poderosa ferramenta de conscientização e qualificação profissional [1].
No entanto, algumas perguntas ainda permanecem sem a resposta satisfatória: como validar tudo isso na prática educacional? Como a escola deve se preparar [1]? É preciso desenvolver projetos multidisciplinares de pesquisa, para encontrar caminhos para tão grandes desafios. É preciso, também, investir em produção de livros impressos que possam devolver aos alunos o prazer de ficar no “mundo off-line”, que por séculos foi o único mundo possível no processo de aprendizagem, e que nos nossos dias tende a ser cada vez mais esquecido. O prazer pela leitura de um bom livro, em contato com a natureza, e se possível com pouco acesso à Internet, pode colaborar para minimizar a dependência psicológica dos smartphones.
Essas questões precisam ser profundamente debatidas entre professores, pais e alunos, pois o grau de distração que os smartphones pode proporcionar é tão grande, que muitos alunos podem não apenas ter seu rendimento escolar prejudicado, mas até mesmo chegar ao ponto de desistir de estudar, e procurar oportunidades de ganhar dinheiro na Internet, por exemplo.
Por outro lado, diante das grandes revoluções que a Transformação Digital está oferecendo, é impossível não considerar os smartphones e as redes sociais como um aliado no processo de aprendizagem. O foco fundamental é o trabalho da consciência, para que a dependência dos smartphones, que já atingiu praticamente todas as pessoas, possa ser utilizada para ajudar na formação intelectual, social e profissional dos estudantes.
Referência