Pedal Maria Passa na Frente realiza o Caminho da Fé

O grupo chegou em Aparecida na terça-feira, dia 25

Um grupo de vargengrandenses fizeram uma peregrinação de fé especial nesta última semana rumo ao Santuário de Aparecida. O grupo, chamado Pedal Maria Passa na Frente, contou com oito ciclistas e três pessoas de carro de apoio, chegando no Santuário de Aparecida na terça-feira, dia 25.
Os ciclistas Douglas, Euclides, Fernando, Gustavo, Luís, Phillip e Tiago, com o apoio de Gustavo, Luís e João, já haviam feito o percurso de 131 km de Tambaú a Andradas. No sábado, dia 22, eles iniciaram a peregrinação rumo a Aparecida e saíram de Andradas, percorrendo 73 km até Borda da Mata.
No domingo, dia 23, o grupo percorreu 58 km até Consolação. Na segunda-feira, dia 24, andaram 55 km até Luminosa e, na terça-feira, dia 25, chegaram à Aparecida após um percurso de 104 km.
Durante o caminho, o grupo encontrou os vargengrandenses Reginaldo, Rodrigo Pintadinho e Vanessa, que faziam o Caminho da Fé a pé.
Este ano, o grupo se emocionou com a perda de um amigo especial que sempre fazia o trajeto, Fabiano Longo. “De uma forma ou outra era sempre lembrado durante o percurso com as suas falas engraçadas e que ao chegar em Aparecida todos nós lembramos dele e rezamos pela sua alma e em especial a sua família, Cibele, Emanuele e Emanuel”, contou o grupo.
À Gazeta de Vargem Grande, Ernesto frisou que a placa que mais chamou a atenção e o que ele mais guardou consigo e falou no grupo é a frase ‘Desacelere’. “Lembrando que hoje em dia queremos fazer as coisas muito rápido, querendo resolver o mundo e o que a gente realmente precisa é desacelerar para vivermos os momentos, principalmente com a família, pois a vida está passando muito rápido”, disse.
“Esse ano pra mim também foi especial pois tive a oportunidade de levar meu filho e era muito gratificante chegar nas capelinhas ao longo do percurso e ver aquele sorriso incentivando a mim e a meus amigos a continuar no caminho. Agradecer em especial minha esposa Joyce que ficou cuidando do meu filho menor Otávio, agradecendo meus familiares que ficaram torcendo e rezando para dar tudo certo no caminho e agradecer os amigos que me acompanharam nessa peregrinação, vocês do grupo estão no meu coração, abraços a todos”, completou.
Ao jornal, Fernando Wagner Franco, que realiza a peregrinação pelo oitavo ano consecutivo, contou que começou a fazer o caminho em 2016, com seis amigos do padre André Luiz Passos. “Durante estes anos, entraram e saíram pessoas no grupo, mas cada um teve sua importância, é muito gratificante ver a superação de cada um e a vitória pessoal”, contou.
O ciclista contou que nestes oito anos, houveram muitas mudanças no caminho, principalmente no quesito infraestrutura. “Há mais capelas e monumentos, onde também temos banheiros e água à disposição. Melhorou bastante o apoio ao peregrino, a acolhida é muito boa. Antes de Andradas, na porteira de um sítio, tinha uma mesinha na beira da estrada, com bolo, frutas, água e garrafas com café e leite para todos que passarem ali se servirem. É comum ver frutas e remédios também nas capelas”, explicou.
“Eu agradeço demais a todos os amigos e também minha esposa Lilia por cuidar de nossas filhas Emily e Analy, sei que não é fácil para nossas esposas também ficarem estes dias sem a gente, a saudade de casa e da família é grande, mas incentiva ainda mais a rezar por todos”, finalizou.
Fernando, em nome do grupo todo, agradeceu ao Thiago Ronqui por ceder a sua caminhonete para o apoio e também ao pai dele, João Ronqui, por pilotar a caminhonete de apoio para os participantes.
Douglas, um dos ciclistas, contou ao jornal que em 2016 foi diagnosticado com uma doença autoimune chamada mielite e que os médicos disseram a ele que a probabilidade de se movimentar e perder as forças eram grandes. “Porém um dia uma ‘moça’, que para mim foi Nossa Senhora da Conceição Aparecida entrou no quarto com uma comunhão dizendo se eu tinha alguma coisa para falar, eu disse que não, que eu não roubei e não matei, várias coisas, até que eu disse que duvidei de Deus. Aí ela disse ‘você está pronto, pode comungar’ e foi embora, disse que minha família estava me esperando”, disse.
“Eu pensei que era hora da visita e perguntei para o enfermeiro e ele disse que não era dia de visita, porém 30 minutos depois o médico entrou no quarto com minha alta nas mãos dizendo que poderia voltar para casa com minha família. Fiquei sete dias na UTI e 23 dias no quarto de recuperação. Depois disso minha fé aumentou. Quando voltei no meu primeiro retorno fui visitar a capela do hospital para ver a moça que me levou a hóstia e o cara que estava limpando falou que era impossível alguém ter me levado a hóstia no quarto porque fazia mais de um ano que as irmãs não iam na capela”, completou.
O convite para fazer o Caminho da Fé como apoio do grupo Maria Passa na Frente surgiu em 2017. “Na hora eu aceitei. Sempre sonhei em ir pedalando e rezando com eles até que em 2021 tive a primeira oportunidade de ir, fiz 50% de bicicleta e 50% a pé, pois empurrei todos os morros, porém agora em 2023 posso dizer que fiz 100% graças ao nosso bom Deus. Gostaria de agradecer a todos do grupo pela acolhida”, comentou.

Fotos: Arquivo Pessoal

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