Mario Poggio Jr.
Ao conversar com o primo Carlos Eduardo Pereira, recordamos do trabalho na Padaria e Confeitaria Candinho, nas vésperas e nos dias de Natal e Ano Novo, nos anos 1960/1970.
Centenas de vargengrandenses levavam frangos, leitoas (inteiras ou esquartejadas) e perus para assar, com a entrega do quitute na véspera e sua retirada no dia da comemoração, antes do horário do almoço festivo.
O saudoso Tio Zeloca (Edizel Luiz Pereira) era o responsável pela logística, pois controlava do seu recebimento até a entrega do assado, com muita competência, e tivemos a honra de ser seu assistente por mais de uma década.
Tudo era muito bem organizado e controlado, pois na véspera as pessoas levavam as aves e porcos em vasilhas ou assadeiras, nas quais depois de assados, transportá-las-iam de volta.
Assim, a primeira providência era anotar corretamente os dados do cliente para identificar a propriedade, à noite depois que terminava o atendimento ao público, colocávamos as aves e os porcos em assadeiras identificadas por chapinhas numeradas e registrávamos no controle.
No dia da festa, nas primeiras horas da manhã, o Maércio (Laércio Diogo Cardoso), com sua impecável competência e dedicação começava a assá-los, sempre com muito cuidado para tirá-las no “ponto certo”.
O auge, era quando Maércio começava a concluir seu trabalho, com a retirada dos assados do forno, pois procurávamos as “chapinhas identificadoras” e verificávamos no controle quem era o dono, com a conferência da encomenda anotada.
Aí, os assados eram cuidadosamente acondicionados na vasilha ou assadeira que o freguês entregara no dia anterior, para seu transporte.
Por fim, efetuávamos o recebimento do valor do serviço.
Importante citar é que era tudo manual, pois não havia computador, sequer máquina de calcular e raramente dava algum erro.
Saudades daquela época, em que aprendemos o valor da organização do trabalho com o querido Tio Zeloca e a importância do trabalho “bem feito” com o Maércio.