Seis pessoas foram presas pelo assassinato de Alex Gregório

Corpo de Alex foi carbonizado

A Polícia Civil já prendeu seis pessoas pelo assassinato de Alex Gregório. Seu corpo foi encontrado carbonizado e escondido sob uma pedra em uma cachoeira, na manhã do dia 1º de junho. Um outro suspeito de ter participado do crime ainda está foragido.
No local havia várias manchas de sangue e material queimado. Segundo o delegado Antônio Carlos Pereira Júnior, com os exames periciais pertinentes, ficou evidente que Alex fora vítima de homicídio e seu cadáver ocultado naquele local, para impedir ou dificultar a apuração sobre a autoria dos graves delitos.
Imediatamente foi instaurado Inquérito Policial para apuração de crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e utilização de meio cruel com o emprego de fogo) e ocultação de cadáver. Durante as investigações, foi possível identificar sete pessoas diretamente envolvidas com os graves delitos, quando foram representadas pelas prisões temporárias de todos.
De acordo com o delegado, com as decretações das prisões temporárias, a Polícia Civil conseguiu efetuar as prisões de dois deles no dia 5 de junho, de outro no dia 7, de mais dois na terça-feira, dia 18, e de mais um na quarta-feira, dia 19. Um envolvido ainda está foragido.

Motivo do crime
De acordo com as investigações, Alex foi morto na madrugada do dia 31 de maio. A motivação para sua morte foi pelo fato dele ter subtraído dois televisores e um espelho da residência de um rapaz, sendo que posteriormente os vendeu para outras pessoas.
O rapaz, após tomar conhecimento de que Alex seria o responsável pelo furto de sua residência, localizou o rapaz com a ajuda de um amigo. Ele foi obrigado a dizer para quem vendeu os objetos e o trio foi a uma casa no Jardim Paraíso II para recuperá-los, mas já não estavam lá. Alex passou a ser agredido violentamente ainda dentro daquele imóvel, com chutes, socos e pauladas.
O delegado informou que o grupo pegou um veículo Ford/Courier, e levou a vítima até uma estrada de terra no Jardim Ferri, no açude do Brasinha, onde todos o agrediram novamente. “Naquele local estavam pelo menos sete pessoas. Logo após, deixaram o corpo da vítima naquele local, enquanto os moradores do Jd. Paraíso foram levados embora, sendo que depois, dois deles utilizando a mesma Ford/Courier, foram até um posto de combustível onde compraram gasolina e em seguida retornaram até o açude do Brasinha onde a vítima havia sido deixada e a levaram na caçamba da Courier até uma área de mata, próxima a divisa de São Sebastião da Grama, na Cachoeira da Fartura, onde atearam fogo em seu corpo”, disse.
O delegado pontuou que, como não conseguiram carbonizar totalmente o corpo da vítima, retornaram para a cidade e, com a ajuda de uma terceira pessoa, compraram gasolina. O trio voltou para a cachoeira, novamente ateou fogo na vítima e depois enrolou Alex em um cobertor, ocultando seu cadáver embaixo de uma pedra.
A Polícia Civil, durante as buscas, localizou uma mochila com roupas da vítima em uma oficina de dois dos autores, no Centro, que estava escondida dentro de um saco de lixo. Carlos Rafael e Leonardo, também conhecido como Leo, proprietários da Oficina Mecânica São Rafael, foram os primeiros presos. A Polícia Civil também localizou e apreendeu dois veículos utilizados nas práticas dos delitos, um VW Gol e a Ford Courier, e o imóvel no Jd. Paraíso II, onde a vítima foi agredida inicialmente, foi identificado.
Os investigadores conseguiram imagens dos dois momentos em que os autores compraram gasolina em um posto de combustível, além de outras imagens do momento em que chegaram e saíram e depois retornaram para a residência onde a vítima foi agredida.
Foram realizados exames periciais nos veículos e na casa e, apesar de terem sido lavados, a fim de ocultar as provas, se notou a revelação de substância hematóide (sangue), tanto nos veículos, quanto no imóvel. Durante os exames periciais foi utilizado luminol, que é um reagente quimioluminescente que reage com o sangue, emitindo uma luz, sendo muito usado em perícias criminais.
O delegado informou que, durante o exame necroscópico, foram identificadas diversas lesões, o que pode caracterizar ter a vítima sido torturada, apresentando traumatismos cranioencefálico e maxilofacial, causado por socos, pontapés e pauladas, sendo encontrada moderada quantidade de fuligem nas vias aéreas inferiores (traqueia e brônquios principais), revelando que a vítima ainda estava com vida e respirando ao ser ateado fogo em seu corpo.
Ao jornal, o delegado Antônio Carlos explicou que o caso está praticamente encerrado, restando apenas a prisão de um dos autores, uma vez que até o momento, seis deles estão presos temporariamente. Após a conclusão das investigações, a autoridade policial representará pela prisão de todos.

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