O primeiro Landau a gente nunca esquece

O Landau foi comprado quando Márcio, o Moita, tinha apenas 16 anos. Foto: Arquivo Pessoal

Márcio Cherubini Menino, mais conhecido como Moita, 50 anos, comprou seu Landau LTD quando tinha apenas 16 anos e até hoje guarda boas recordações do câmbio automático, vidro traseiro estreito, do motor V8, do fino acabamento, dentre outros detalhes que o impressionaram na época.
“O Ford Landau foi lançado no mercado brasileiro em meados da década de 1970 e rapidamente conquistou o status de carro de luxo e prestígio. Baseado na plataforma do Ford Galaxie, outro modelo icônico da marca, o Landau foi desenvolvido para atender à crescente demanda por automóveis de alto padrão no Brasil. Seu design imponente e suas características luxuosas o tornaram um sucesso instantâneo entre a elite do país”. (site Vintage Clássicos).


Moita nasceu em Santo André-SP, conhecida região do ABC paulista e centro da indústria automobilística do Brasil. Veio com os pais para Vargem Grande do Sul em 1984. Quem o influenciou a gostar de carros foi do seu irmão mais velho, Marcelo Batista, o conhecido Zé Matão, que tem uma tradicional oficina de motos na cidade, especializada em restauração.
Seu pai também trabalhou na Mercedes Benz do Brasil em São Bernardo, onde foi chefe de tesouraria e isso o colocava no meio dos veículos e motores da efervescente indústria automobilística do país desde quando era criança.


Lembra de uma passagem que o marcou muito quando tinha por volta de seis anos e seu irmão Marcelo lhe contando histórias de que tinha entrado em um Dodge LeBaron da Chrysler, mexeu no câmbio, trocou marchas. Isso o fascinava. Eles moravam perto da fábrica da Chrysler e seu irmão quando ia para a escola passava em frente a loja onde os carros ficavam expostos e podiam ser visitados.
Em Vargem, logo que chegou na cidade, fez amizade com os filhos do dr. Ranzani e teve a oportunidade de andar em um Ford Galaxie 500, ano 76, que o médico possuía e ficou encantado com o carro. Passou então a se interessar pelos Galaxies, ler tudo a respeito do veículo, montando álbum, recortando fotos e quando fez 16 anos, comprou um Ford Landau LTD.

Participando dos Encontros de Carros Antigos

Márcio Cherubini Menino, o Moita, com sua Vespa PX 200, de 1986. Foto: Arquivo Pessoal

Moita ficou três anos com o mesmo, passou a se interessar e possuir motos e aos 24 anos, comprou outro Galaxie 500, com o qual conviveu por cerca de mais três anos e quando foi estudar marketing em São Paulo, comprou um outro Landau.
Um acidente sério com moto em 1997, o fez retornar a Vargem Grande do Sul, possuiu um Opala 74, câmbio na coluna e seu último carro mais antigo, foi um Diplomata, ano 92. Da paixão pelos veículos antigos atualmente tem apenas uma Vespa PX200, ano 1986. “É a cereja do bolo nos encontros de veículos antigos”, disse.


Atualmente trabalha no segmento de vendas de veículos antigos, onde passou a conhecer muitas pessoas do ramo. “Os carros antigos hoje se tornaram comerciais, os preços se elevaram muito. Geralmente quem possui um automóvel antigo e quer vender, me procura e eu acho um comprador”, explicou.
Sua ferramenta de trabalho é através do Facebook, na página Moita Vortec, onde possui mais de 5.000 seguidores e milhares de fotos de carros. Também tem a página Moita Vespa no Instagran.


Sempre presente nos eventos de carros antigos, colaborou com o 3º Encontro de Carros Antigos de Vargem Grande do Sul realizado recentemente na Represa Eduíno Sbardellini. Disse que foi divulgador físico do evento, visitando os colecionadores da região que tem acesso, convidando-os a participarem do encontro. “Um dos colecionadores que mais trouxe carros nos eventos de Vargem, foi o sr. Jovino Vieira, de Itobi, do qual sou amigo e tem dezenas de carros excepcionais, bonitos e valiosos”, falou.
Para Moita, carro antigo é uma paixão que as pessoas têm, que precisa ser incentivado com eventos como os realizados em Vargem pelo Departamento de Turismo e Cultura. “Temos de incentivar as novas gerações para que elas tomem gosto. Carros antigos é cultura, área em que se aprende muito”, afirmou.

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