Empresário acusado de homicídio é preso

Caminhonete utilizada no crime, uma Toyota Hilux, de cor branca, foi apreendida

Segundo a Polícia Civil, o empresário Carlos Eduardo Toquini, 44 anos, acusado por homicídio duplamente qualificado pelo assassinato de Maxuel Henrique da Silva, 38 anos, foi preso em seu local de trabalho e, após ser submetido a exame médico cautelar, foi encaminhado à Cadeia Pública de São João da Boa Vista, onde aguardará por audiência de custódia.

O crime ocorreu na noite de segunda-feira, dia 15, por volta das 21h30, nas proximidades da Rua Aparecido Cossi, no Jd. Dolores. As investigações da Polícia Civil tiveram início logo pela manhã na terça-feira, dia 16, sob o comando do delegado titular Antônio Carlos Pereira Júnior.

A vítima havia sido atingida por dois tiros, mas no local do crime foram encontrados dois projéteis deflagrados e cinco estojos de munição calibre .380. Durante as investigações, a Polícia apurou que o veículo utilizado se tratava de uma caminhonete Toyota Hilux, de cor branca.

Segundo o delegado Antônio Carlos, eles tomaram conhecimento que nas imediações existia um estabelecimento que já havia sido furtado várias vezes pela vítima, na qual um dos proprietários possuía um veículo igual ao utilizado no crime.

Os policiais foram ao local, onde o proprietário do veículo demonstrou bastante nervosismo e disse que já havia sido vítima de furtos em diversas oportunidades, praticados por Maxuel. Contou que na segunda-feira ele novamente entrou em seu estabelecimento para furtar, quando foi comunicado por um vizinho e para lá se dirigiu com sua caminhonete, saindo à sua procura. Inicialmente, disse que não o encontrou e negou ter atirado contra a vítima.

Em seguida, segundo os dados fornecidos pelo delegado, a polícia no prosseguimento das investigações encontrou sua caminhonete em uma oficina de funilaria, sendo constatado que ela havia sido deixada ali logo no início daquela manhã.

“Comparando o veículo com as imagens que tínhamos obtido, não nos restou dúvida de que se tratava do mesmo veículo utilizado na prática do delito e que o autor do crime fora seu proprietário. Diante das provas coligidas até então, não restou outra alternativa ao indiciado, a não ser procurar por seu advogado, o qual manteve contato com esta autoridade e o apresentou para prestar esclarecimentos”, disse o delegado Antônio Carlos.

Afirmou o delegado que o acusado confessou a autoria do delito, alegando que a motivação se deu pelo fato de ter sido vítima de furto várias vezes, praticados por Maxuel. Também foi solicitado que apresentasse a arma do crime, no que foram atendidos.

Segundo a autoridade policial, considerando que o autor dos disparos não se encontrava mais em estado de flagrância, ele foi formalmente interrogado e indiciado pela prática de homicídio duplamente qualificado e liberado em seguida. Logo após, foi representada pela decretação da sua prisão preventiva, a qual foi decretada nesta sexta-feira, dia 19, pela juíza de Direito da 1ª Vara desta Comarca, quando o mesmo foi preso em seu local de trabalho, sendo submetido a exame médico cautelar e encaminhado à Cadeia Pública de São João da Boa Vista, onde aguardará por audiência de custódia.

Na entrevista que deu à Gazeta de Vargem Grande, o delegado Antônio Carlos comentou sobre a repercussão do caso nas redes sociais após a matéria publicada pelo jornal a respeito do caso, informando que a Polícia Civil irá tomar providências em relação às pessoas que fizeram comentários ofensivos à polícia e incitação à violência nas redes sociais.

Depoimento do acusado vaza nas redes sociais

O depoimento prestado pelo empresário Carlos Eduardo Toquini sobre seu envolvimento com a morte de Maxuel, vazou nas redes sociais, sendo que várias pessoas o receberam pelo WhatsApp. Conforme consta do depoimento que a redação da Gazeta de Vargem Grande teve acesso, em relação aos fatos, esclareceu que pelo menos há 30 dias, seu estabelecimento comercial vinha sendo furtado por Maxuel, e os furtos sempre ocorriam no início e no final da noite, e na maioria das vezes, por duas oportunidades no mesmo período.

Com relação aos disparos que vitimaram Maxuel, falou em seu depoimento que encontrou a vítima na esquina da Rua Aparecido Cossi com a Avenida Municipal e ali resolveu efetuar alguns disparos com a arma que carregava, apenas com a intenção de assustá-lo. Que sequer desceu da caminhonete, efetuando os disparos em direção ao muro de uma residência. Afirmou recordar-se que no momento dos disparos, Max, como era conhecido, se virou de costas e se jogou no chão, sendo que acreditava que não o teria atingido.

O empresário afirmou no seu depoimento que não se recordava de quantos disparos havia efetuado e que na manhã de terça-feira, por volta das 7h30, tomou conhecimento que Max havia falecido. Que quando interrogado pela polícia, chegou a negar que tinha feito os disparos, mas que após a saída dos policiais procurou por seu advogado, quando então decidiu comparecer à delegacia de polícia para esclarecer todo o ocorrido e, inclusive, apresentar a arma utilizada para os disparos, que estava registrada em nome do seu pai.

O empresário finaliza seu depoimento à polícia, ratificando que em nenhum momento teve a intenção de matar Maxuel, sendo que seu objetivo era apenas assustá-lo para que não voltasse mais ao seu estabelecimento, e que, mesmo assim, está arrependido pelo ato que cometeu.

Fotos: Policia Civil

 

 

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