Editorial: Mostrando as entranhas da maldade

Este jornal sempre se posicionou contra muitas das atitudes do governo de Jair Bolsonaro (PL), principalmente as de cunho autoritário, incitação à violência e contra o estado de Direito, com ações que atentavam contra a democracia do Brasil. Isso não quer dizer que o jornal é a favor de muitas das atitudes do atual governo de Lula (PT), principalmente no que trata das questões do Estado, do aumento dos gastos públicos, do inchaço da máquina administrativa brasileira.
Mas, as estarrecedoras revelações da Polícia Federal nos planos irresponsáveis e tresloucados de Bolsonaro e sua trupe, de arquitetar um golpe para impedir a posse de Lula, com militares ao seu redor discutindo a morte do presidente eleito, bem como seu vice Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, merece uma grande reflexão de todos os brasileiros, inclusive de nós vargengrandenses, pois o Brasil caso tivesse consumado o ato, teria mergulhado num caos de destruição e mortes irreparáveis.
O que chama a atenção é a ingenuidade de muitas pessoas, a maioria de bem, todas de nosso convívio, que ao apoiar as ilusões vendidas por Bolsonaro, um líder populista de extrema direita, não se atinavam para o que estava sendo urdido nas entranhas do poder, onde era chocado o ovo da serpente.
Quantos se deixaram levar pelas mentiras nas redes sociais, o uso extremo das fakes news que envenenavam os brasileiros, distanciando um povo pacato por natureza e injetando o ódio, dividindo a sociedade. Pode-se falar o que for de Lula, mas não se vê da sua parte incitamento à violência, arminhas na mão, armamento da população, incentivo à destruição do meio ambiente, ataques à imprensa e à democracia e o negacionismo como na era Bolsonaro.
Que as investigações continuem, que todos os indiciados tenham o devido direito legal à sua defesa, como deve prevalecer em toda democracia e que a Justiça seja feita, prendendo os culpados e que sirva de lição para todos que acreditam que a solução para os infindáveis problemas do Brasil, será resolvido por um líder populista, não importa se de direita ou de esquerda.

Foto: Governo Federal

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